Todos os imunobiológicos previstos no Calendário Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas serão ofertados, especialmente para as áreas de mais difícil acesso
Por Redação, com ACS – de Brasília:
O Ministério da Saúde começa, a partir deste sábado, a vacinar os 115 mil indígenas que vivem aldeados em todas as regiões do Brasil. A 12ª edição do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas (MVPI), levará às áreas indígenas, especialmente as de difícil acesso e com baixas coberturas vacinais, todos os imunobiológicos previstos no Calendário Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas.

O lançamento ocorre sábado na Aldeia Praia de Almofala, no município de Itarema (CE) e conta com a presença do secretário Especial de Saúde Indígena, Marco Antonio Toccolini, além de autoridades locais.
A Campanha
A Campanha de Multivacinação é realizada pelo Ministério da Saúde e integra a Semana Mundial de Vacinação; organizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS∕OMS). A campanha se estende até 20 de maio, abrange 1.012 comunidades e 138 etnias indígenas.
Estarão envolvidos na ação mais de dois mil profissionais que compõem as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI); inclusive Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e de Saneamento (AISAN).
A logística dessa vacinação é diferenciada; levando em consideração as especificidades dessa população e as necessidades de transporte das equipes; e insumos até as aldeias; seja por carro, barco, helicóptero ou avião.
Distritos Sanitários Especiais Indígenas
Em março deste ano, profissionais dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) estiveram reunidos em Brasília; para avaliar as ações realizadas em 2017. Também foi feito um planejamento de atividades para a edição 2018; com o objetivo de aprimorar as ações de imunização e vigilância epidemiológica das doenças imunopreveníveis nas áreas indígenas.
A vacinação indígena é uma ação universal, que abrange todos os DSEIs brasileiros e transversal; já que acompanha o ciclo de vida do indivíduo. É uma ação complexa por diversos fatores: como a diversidade cultural; dispersão geográfica, rotatividade dos recursos humanos contratados, dificuldade na coleta; registro e análise dos dados e a necessidade de acondicionamento, conservação e transporte dos imunobiológicos em condições especiais.