Capacidade instalada e faturamento real da indústria recuam, diz CNI

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Publicado quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014 as 14:02, por: CdB
A CNI informou ainda que o aumento da confiança dos empresários foi mais intenso na indústria extrativa
A CNI informou ainda que o aumento da confiança dos empresários foi mais intenso na indústria extrativa

O uso da capacidade instalada e o faturamento real da indústria no Brasil recuaram em dezembro, refletindo o desaquecimento da atividade no fim do ano e indicando que possa haver dificuldades para este ano. Em dezembro, a utilização da capacidade instalada na indústria brasileira ficou em 81,4%, com dados dessazonalizados, menor em relação a novembro (81,9%), informou nesta quarta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A entidade informou ainda que, em dezembro, o faturamento real dessazonalizado da indústria caiu 1,1% frente a novembro. No fechamento de 2013, o faturamento mostrou expansão de 3,8% ante o ano anterior, maior que os 1,1% de variação positiva em 2012. As horas trabalhadas na produção, um termômetro da produção, caíram 2,5% em dezembro na comparação com o mês anterior e, em 2013, subiram apenas 0,1% ante 2012.

O emprego industrial teve ligeiro aumento de 0,1% em dezembro frente a novembro e de 0,8% em 2013. A CNI informou ainda que a massa salarial recuou 0,2% em dezembro e, no ano passado, aumentou 1,7%. O rendimento médio teve baixa de 0,3% no mês passado em comparação a novembro, mas fechou 2013 com expansão de 0,9% ante 2012.

“Com esses resultados, o setor recuperou-se apenas parcialmente do fraco desempenho de 2012”, avaliou a CNI em nota, que prevê que a expansão de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial neste ano. O ano passado foi marcado por volatilidade dos indicadores industriais, alternando melhoras e pioras, afetando o desempenho da economia como um todo.

A produção industrial brasileira aumentou 1,2% em 2013, com destaque para a fabricação de bens de capital, mas em dezembro despencou 3,5% frente a novembro, no pior resultado em cinco anos.

Menos burocracia

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou nesta quarta-feira uma instrução pela qual autoriza as companhias com capital aberto a divulgar comunicados em portais online a partir de março, e não apenas em jornais de grande circulação, como ocorre atualmente.

Segundo a CVM, o intuito é facilitar e agilizar a disseminação de atos e fatos relevantes e contribuir para a queda nos custos de manutenção das companhias abertas, “aumentando, assim, a atratividade do mercado de capitais como alternativa de financiamento”.

Em comunicado, a autarquia esclareceu que a principal modificação em relação à minuta que havia sido colocada em audiência pública foi a redução da exigência de três para apenas um portal de notícias se a companhia optar pela divulgação em meio eletrônico.

O documento em questão também deverá ser disponibilizado no site da CVM e da empresa, e “quando for o caso, no mercado onde os valores mobiliários forem admitidos à negociação”.

A medida passará a valer a partir de 10 de março.