A explosão de um carro-bomba dirigido por um militante suicida matou nesta sexta-feira nove policiais na cidade natal de Saddam Hussein, ex-ditador do Iraque. No mesmo dia, 14 corpos foram encontrados em Bagdá.
O novo surto de violência aumentou as dúvidas sobre se o recém-formado governo iraquiano conseguirá derrotar os insurgentes.
O carro-bomba explodiu ao lado de um microônibus que levava policiais para o trabalho, na cidade de Tikrit, matando ao menos nove membros das forças de segurança e ferindo vários outros, disse um policial.
Na região norte de Bagdá, um morador alertou as forças de segurança depois de ver corpos sendo enterrados. No local, foram encontrados os cadáveres de 14 homens. Algumas das vítimas, que estavam vendadas e usavam roupas civis, haviam recebido tiros na cabeça, em assassinatos que lembram execuções.
Os insurgentes intensificaram suas ações contra a polícia iraquiana depois do anúncio do novo gabinete de governo do país, oito dias atrás. Desde então, 200 pessoas foram mortas.
Milhões de iraquianos desafiaram as ameaças dos insurgentes para votar nas eleições de 30 de janeiro, com a esperança de fundar uma nova era de democracia que colocaria fim ao derramamento de sangue iniciado dois anos atrás.
Mas os políticos eleitos precisaram de três meses de negociações antes de anunciar a formação parcial de um gabinete. Os insurgentes aproveitaram-se do impasse para realizar ataques contra as forças de segurança.
Uma série de atentados a bomba e de emboscadas em Bagdá matou ao menos 24 pessoas na quinta-feira. No dia anterior, um agressor suicida matou até 60 pessoas na cidade de Arbil (norte) enquanto, na capital iraquiana, um carro-bomba tirava a vida de nove soldados.