Celebração religiosa suspende limpeza na Indonésia

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Publicado sexta-feira, 21 de janeiro de 2005 as 11:37, por: CdB

As operações de limpeza nas áreas da Indonésia atingidas pelo tsunami paralisaram-se nesta sexta-feira para que as pessoas pudessem orar em um dia sagrado para o islamismo, quando o presidente do país, Susilo Bambang Yudhoyono, reuniu-se com sobreviventes em uma mesquita lotada da Província de Aceh.

Quase quatro semanas depois do tsunami que matou mais de 225 mil pessoas nos países banhados pelo oceano Índico, uma autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou ser hora de dar início aos esforços de reconstrução. Os grupos de ajuda anunciaram estar se preparando para diminuir as missões de emergência para os refugiados.

Pela primeira vez em semanas, os céus ficaram em silêncio na cidade de Meulaboh, norte de Sumatra, depois de as Forças Armadas da Indonésia terem proibido os helicópteros de levantar vôo no dia sagrado do Eid al-Adha. Centenas de funcionários de grupos de ajuda permaneceram em suas barracas como sinal de respeito.

Yudhoyono compareceu às preces na principal mesquita de Banda Aceh, capital da Província de Aceh, e disse aos moradores da região, palco de uma insurgência iniciada 30 anos atrás, que era hora de o país se unir.

– A mensagem que quero deixar para meus irmãos e irmãs de Aceh é a seguinte: aprendam com o desastre. Vamos nos unir e seguir em frente para construir Aceh – disse o presidente.

Um dia depois de doadores na Indonésia terem prometido gastar 1,7 bilhão de dólares com os esforços de reconstrução, Yudhoyono afirmou que seu governo preparava os planos para reerguer a infra-estrutura e as escolas de Aceh, onde as ondas gigantes de 26 de dezembro mataram mais de 160 mil pessoas.

O plano de recuperação do Sri Lanka, o segundo país mais atingido pelo desastre, inclui a pavimentação de estradas e a reconstrução de 62 municípios, com seus apartamentos, estádios e espaços para o comércio, revelou um projeto obtido pela Reuters. O país, onde o tsunami matou mais de 38 mil pessoas, pretende gastar 3,5 bilhões de dólares com esse plano.