O terrorista Khalid Shaikh Mohammed preso sábado no Paquistão e considerado o “cérebro” dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington, é um verdadeiro “arquiteto do terror” e estava preparando novos ataques nos Estados Unidos, informa a revista americana Time, que chega às bancas nesta segunda-feira.
Mohammed, de 38 anos, que deve ser extraditado para os EUA para ser interrogado, também é um “grande playboy”, segundo a revista, que cita fontes dos serviços secretos das Filipinas, onde Mohammed viveu em meados dos anos 90 e atentou contra alvos americanos.
Na capital filipina, Manila, Mohammed manteve um relacionamento com uma jovem que trabalhava num “clube” chamado Cotton Candy. Com um padrão de vida bem acima da média para os padrões locais, o terrorista, natural do Kuwait, chegou a alugar um helicóptero para “impressionar uma dentista que estava cortejando”, prossegue a Time.
Outro semanário americano, a Newsweek, discorre sobre detalhes de outros atentados que estavam sendo planejados por Mohammed, baseando-se em relatos da agência de inteligência americana (CIA). Tratam-se de ações também previstas para o fatídico 11 de setembro de 2001 que logo foram abandonadas, como atacar centrais elétricas, pontes e distribuidoras de combustível.
Antes e depois de 11 de setembro, ele repetidamente evitou a captura. Funcionários americanos diziam que, depois de Osama bin Laden, Mohammed era o suposto líder terrorista que eles mais queriam capturar.
Mas a importância de Mohammed na Al-Qaeda só ficou evidente para as autoridades americanas vários meses depois dos ataques de 11 de setembro. Funcionários disseram que outros agentes da Al-Qaeda capturados ajudaram o FBI e a CIA a concluir que ele foi o principal planejador do complô para seqüestrar os aviões usados no ataque.