Cestas de compras apresentam elevação de preços no Rio

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Publicado terça-feira, 19 de outubro de 2004 as 15:46, por: CdB

O custo das cestas de compras consumidas pelas famílias da região metropolitana do Rio teve alta de 0,45%, na segunda semana de outubro, depois de quedas sucessivas desde o final de agosto. A informação é do coordenador de Pesquisas do Instituto Fecomércio, Paulo Brück, que divulgou nesta terça-feira o resultado da sondagem realizada pela instituição.

O economista advertiu que, mesmo que as próximas semanas mostrem estabilidade no preço das cestas, o mês de outubro deve fechar com elevação aproximada de 0,19%, como reflexo do aumento do período. Também haverá influência do custo nos 30 dias compreendidos entre 17 de setembro e 15 de outubro, que já apresenta alta.

A sondagem do Instituto Fecomércio revelou que, dos 39 itens pesquisados, 25 tiveram aumento, liderados por pão francês (7,42%) e lingüiça (3,80%), e 14 mostraram queda, dos quais apenas um no setor de higiene e limpeza. A pesquisa revelou que as famílias com renda de até dois salários foram as mais prejudicadas na análise semanal, com alta de 0,69%.

No acumulado do ano, as cestas consumidas no município do Rio tiveram majoração de 3,79%, dos quais 1,3% em relação aos últimos meses de 2003, o que evidencia a concentração no exercício atual, disse Brück. A cesta mais cara (4,50%) foi apurada entre as famílias com rendimento mensal entre dois e três mínimos.

Nos últimos 12 meses, a alta no custo das cestas é de 5,70%. O resultado reflete os aumentos de preços de maio a agosto, por conta do inverno rigoroso deste ano. As famílias mais afetadas foram as que recebem entre oito e dez salários, cuja alta nas cestas atingiu 6,87%.

Brück afirmou que alguns efeitos – como a variação dos preços do feijão e das frutas – serão determinantes para que as cestas de compras no Rio fechem 2004 abaixo do resultado do ano passado.

– Acredito que devemos fechar abaixo de 2003 – disse o economista.

Para ele, levando em conta os cerca de 4% acumulados até agora e, se forem repetidos os níveis de alta de novembro e dezembro de 2003, 0,09% e 2,2%, respectivamente, a tendência é o preço ficar em torno de 5,30%, inferior aos 5,53% do ano anterior.