China envia alimentos para a Coréia do Norte

A China, principal aliado e fornecedor de ajuda humanitária da Coréia do Norte informou, nesta sexta-feira, o envio de alimentos e material agrícola ao isolado e empobrecido país vizinho.A agência oficial, <i>Xinhua</i>, explicou que o envio inclui 480 toneladas de cereais, uma colheiteira, uma semeadora e 100.000 mudas de árvores para reflorestamento, em uma das primeiras ocasiões em que a China dá informação detalhada sobre sua ajuda ao regime stalinista.

A primeira remessa da citada ajuda partiu da província nordeste de Jilin, fronteiriça com a Coréia do Norte e na qual habitam minorias de etnia coreana.

A China também ofereceu nas últimas horas ajuda humanitária a Zâmbia, a fim de ajudar as famílias de mais de 50 trabalhadores mortos na explosão de uma mina de cobre explorada por uma empresa do gigante asiático.

Considera-se que a China forneça à Coréia do Norte um terço dos alimentos e um quarto da energia que consome, o que a transforma em um dos principais avaliadores do regime norte-coreano desde que a desintegração da URSS e das contínuas catástrofes naturais dos últimos anos levaram o país para uma extrema pobreza.

Outros países, como Coréia do Sul ou Japão, também são grandes doadores para a Coréia do Norte, mas através das Nações Unidas e de seu Programa Mundial de Alimentos (PMA), que no mês passado alertou que sua reserva de doações para o país asiático estava acabando.

A China também ajuda seu vizinho em grandes catástrofes como o recente naufrágio de um cargueiro norte-coreano em águas chinesas (acredita-se que 23 marinheiros morreram afogados) ou a explosão de um trem no ano passado em Ryongsong (a China facilitou material médico).

Segundo a imprensa oficial chinesa, Pequim utilizou a dependência norte-coreana de sua ajuda humanitária como razão para convencer Pyongyang a iniciar as negociações “a seis lados” para resolver a crise nuclear iniciada em 2002.