A China disse nesta segunda-feira que as tentativas dos Estados Unidos de prejudicar seus interesses serão enfrentadas com contrapartidas firmes, criticando uma decisão norte-americana de começar a encerrar o tratamento especial dispensado a Hong Kong e ações contra estudantes e empresas chinesas.
Por Redação, com Reuters – de Pequim
A China disse nesta segunda-feira que as tentativas dos Estados Unidos de prejudicar seus interesses serão enfrentadas com contrapartidas firmes, criticando uma decisão norte-americana de começar a encerrar o tratamento especial dispensado a Hong Kong e ações contra estudantes e empresas chinesas.

Na semana passada, o Parlamento chinês votou pela imposição de uma lei de segurança nacional para Hong Kong que o presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu na sexta-feira como uma tragédia para o povo da cidade e que violou a promessa chinesa de proteger a autonomia da ilha.
Trump ordenou que seu governo inicie o processo de eliminação do tratamento especial dado a Hong Kong para punir a China, o que envolverá desde o tramite para extradições até controles sobre as exportações.
Mas ele não chegou a pedir o fim imediato dos privilégios que ajudam a ex-colônia britânica a continuar sendo um centro financeiro global.
Ações dos EUA
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que seu país se opõem com firmeza às ações dos EUA.
– As medidas anunciadas interferem gravemente com os assuntos internos da China, danificam as relações EUA-China e prejudicarão os dois lados. A China se opõe com firmeza a isto – disse Zhao aos repórteres durante uma entrevista.
– Quaisquer palavras ou ações dos EUA que prejudiquem os interesses da China se depararão com um contra-ataque firme da China.
Mas o mercado acionário de Hong Kong subiu mais de 3% nesta segunda-feira, já que os investidores se tranquilizaram ao ver que Trump não acabou com os privilégios especiais dos EUA de imediato.
Novos ajustes de políticas
– Os formuladores de política chineses provavelmente gostariam de ver precisamente o que os EUA implantam antes de reagirem com novos ajustes de políticas ou sua própria retaliação – escreveu a Goldman Sachs em um boletim no domingo.
Ao fazer o anúncio de sexta-feira, Trump empregou uma retórica dura como poucas vezes antes contra a China, dizendo que o país asiático descumpriu sua palavra a respeito da autonomia de Hong Kong ao decidir a imposição de uma nova lei de segurança nacional e que o território não justifica mais os privilégios econômicos dos EUA.
Trump disse que a “conduta ilegal” da China é responsável por um sofrimento maciço e por danos econômicos em todo o mundo e que sua nação também imporá sanções a indivíduos considerados responsáveis por “sufocar, sufocar totalmente, a liberdade de Hong Kong”.