China nega acusações de espionagem dos EUA e aliados

Arquivado em:
Publicado Sexta, 21 de Dezembro de 2018 às 10:22, por: CdB

Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia se uniram aos EUA para pressionar a China sobre o que chamaram de uma campanha global de roubo de propriedade intelectual comercial via ciberataques, sinalizando uma crescente coordenação global contra a prática.

Por Redação, com Reuters - de Pequim

O Ministério das Relações Exteriores da China informou nesta sexta-feira que se opõe resolutamente às acusações caluniosas dos Estados Unidos e de outros aliados que criticam seu país por espionagem econômica, exigindo que Washington retire as acusações.
china-5.jpg
China nega acusações de espionagem econômica dos EUA e aliados
Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia se uniram aos EUA para pressionar a China sobre o que chamaram de uma campanha global de roubo de propriedade intelectual comercial via ciberataques, sinalizando uma crescente coordenação global contra a prática. Os EUA também devem retirar acusações contra dois cidadãos chineses, disse o ministério, acrescentando que a China nunca participou ou apoiou o roubo de segredos comerciais e apresentou “severas reclamações” a Washington. – Pedimos que o lado norte-americano corrija imediatamente suas ações errôneas e cesse suas calúnias com relação à segurança na Internet – afirmaram os chineses, acrescentando que tomarão as medidas necessárias para salvaguardar sua própria segurança cibernética e seus interesses. Há muito tempo é sabido que as agências do governo norte-americano invadiram e monitoraram governos, empresas e indivíduos estrangeiros, acrescentou o ministério. Promotores dos EUA acusaram dois cidadãos chineses, ligados à agência de inteligência do Ministério da Segurança do Estado da China, de roubar dados confidenciais de agências estatais e empresas norte-americanas em todo o mundo. Os promotores acusaram Zhu Hua e Zhang Shilong de ataques contra a Marinha dos EUA, a agência espacial Nasa, o Departamento de Energia e dezenas de empresas. A operação mirava a propriedade intelectual e os segredos corporativos norte-americanos para dar às empresas chinesas vantagem competitiva injusta, disseram eles. Os dois acusados eram membros de um grupo de hackers conhecido na comunidade de segurança cibernética como APT 10 e também trabalharam para a empresa chinesa de ciência e tecnologia de desenvolvimento Huaying Haitai, disseram os promotores. Á agência inglesa de notícias Reuters não conseguiu contatar imediatamente Zhu ou Zhang. Questionado se a ira da China com as acusações virtuais teria impacto sobre as negociações comerciais com os EUA, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, reiterou uma declaração do ministério de que se os norte-americanos não revisarem sua posição, as relações entre os dois países seriam seriamente prejudicadas.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo