China prende quatro pessoas por venda de informações militares

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quarta-feira, 15 de julho de 2015 as 11:13, por: CdB
Os trabalhadores da área de defesa são suspeitos de divulgarem segredos sobre testes
Os trabalhadores da área de defesa são suspeitos de divulgarem segredos sobre testes

 

A China prendeu quarto civis de uma companhia de defesa por venderem segredos militares para agências de inteligência estrangeiras, relatou a mídia estatal nesta quarta-feira, a mais recente de uma série de prisões relacionadas a espionagem.

Os trabalhadores da área de defesa são suspeitos de divulgarem segredos sobre testes, produção e uso de novas armas de alta tecnologia, informou a rádio China Internacional em uma reportagem online, citando a agência de segurança estatal da província de Sichuan.

Os presos também procuraram técnicos de defesa para apresentarem “espiões estrangeiros”, de acordo com a reportagem.

Os quatro não se conheciam, apesar de trabalharem na mesma companhia, segundo a reportagem. Não foi especificada para qual agência de espionagem estrangeira os quatro deram informações, mas foi relatado que agentes se aproximaram dos quatro via redes sociais.

Em novembro, um homem foi preso na cidade costeira de Qingdao por tirar fotos de uma base de porta-aviões e vendê-las para um estrangeiro.

A lei de segredos de Estado da China é notoriamente ampla, cobrindo tudo de dados industriais à datas exatas de nascimento de líderes de Estado.

Segurança cibernética

O Congresso da China apresentou um projeto de lei sobre segurança cibernética que consolida o controle do governo chinês sobre os dados, com consequências potencialmente importantes para os fornecedores de serviços de Internet e empresas multinacionais que fazem negócios no país.

O documento divulgado pela mídia estatal no dia oito deste mês, reforça a proteção da privacidade do usuário contra hackers e revendedores de dados, mas eleva os poderes do governo para obter registros e bloqueia a disseminação de informações privadas consideradas ilegais sob a lei chinesa.

Citando a necessidade de “salvaguardar a soberania nacional, a segurança e o desenvolvimento no ciberespaço”, a legislação proposta permitirá que a China reforce suas redes contra ameaças à estabilidade e regule melhor o fluxo de informações.