China rejeita apelo dos EUA para impor novas sanções contra Coreia do Norte

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Publicado Sexta, 21 de Janeiro de 2022 às 08:24, por: CdB

O governo Biden anunciou no último dia 12 um pacote de sanções contra o programa de armas da Coreia do Norte, após uma série de lançamentos de mísseis, visando seis cidadãos norte-coreanos, para além de uma empresa russa.

Por Redação, com Sputnik - de Pequim

Um diplomata chinês afirmou que os EUA deveriam "abandonar a ideia" de que as sanções são a resposta para tudo, enquanto Washington segue pressionando a ONU para impor novas sanções à Coreia do Norte.

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O governo Biden anunciou no último dia 12 um pacote de sanções contra o programa de armas da Coreia do Norte

De acordo com a NK News, os EUA pediram à ONU que apoie a imposição de novas sanções àqueles que contribuem para os programas de armas ilegais da Coreia do Norte.

O governo Biden anunciou no último dia 12 um pacote de sanções contra o programa de armas da Coreia do Norte, após uma série de lançamentos de mísseis, visando seis cidadãos norte-coreanos, para além de uma empresa russa.

Por sua vez, o embaixador chinês Liu Xiaoming afirmou que os EUA "deveriam abandonar a ideia de que as sanções são a resposta para tudo", e que estas ações apenas vão agravar o confronto e elevar a tensão.

A Coreia do Norte já realizou quatro lançamentos de mísseis em 2022. Os testes ocorreram nos dias 5, 11, 14 e 17 de janeiro e incluíram mísseis táticos e hipersônicos.

Após Washington impor as últimas sanções ao país, Pyongyang classificou a medida como "provocação" e alertou que reagiria "de maneira mais contundente".

Testes de mísseis nucleares

A Coreia do Norte sugeriu, na quinta-feira, que pode retomar os testes de armas nucleares e de longo alcance para tentar conter a "ameaça militar dos EUA", informou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA, na sigla em inglês).

Pyongyang não testa mísseis balísticos intercontinentais ou armas nucleares desde 2017. A suspensão dos lançamentos ocorreu em meio a encontros diplomáticos do líder norte-coreano Kim Jong-un com o então presidente dos EUA, Donald Trump, antes de as negociações fracassarem, dois anos depois.

"A política hostil e a ameaça militar dos EUA atingiram uma linha de perigo que não pode mais ser ignorada", diz um relatório estatal, divulgado pela KCNA e reproduzido pela AFP.

Ainda segundo a agência, as autoridades norte-coreanas reconheceram por unanimidade que é preciso realizar "uma preparação mais completa para um confronto de longo prazo com os imperialistas dos EUA".

A Coreia do Norte já realizou quatro lançamentos de mísseis em 2022. Os testes ocorreram nos dias 5, 11, 14 e 17 de janeiro e incluíram mísseis táticos guiados e hipersônicos.

Após Washington impor novas sanções ao país, no último dia 14, Pyongyang classificou a medida como "provocação" e alertou que reagiria "de maneira mais contundente".

De acordo com a KCNA, o conselheiro de Estado da China e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, afirmou, na última segunda-feira, que as sanções dos EUA apenas exacerbam as tensões na península coreana.

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