Chuva alaga ruas, suspende aulas e cancela voos no Grande Recife

Arquivado em:
Publicado Segunda, 17 de Junho de 2019 às 11:44, por: CdB

Em Olinda, um deslizamento de barreira atingiu uma casa onde mora uma família que saiu do local um dia antes.

Por Redação, com agências de notícias - de Brasília

A chuva que atingiu o Grande Recife no domingo e continuou nesta segunda causou transtornos para a população, como vias alagadas e suspensão de aulas em escolas públicas e colégios particulares, além de provocar alterações ou cancelamentos de 19 voos.
alagamentoruas.jpg
A chuva que atingiu o Grande Recife no domingo e continuou nesta segunda causou transtornos para a população
Em Olinda, um deslizamento de barreira atingiu uma casa onde mora uma família que saiu do local um dia antes. A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta para chuvas moderadas e ocasionalmente fortes na região e na Zona da Mata. De acordo com a Apac, Jaboatão dos Guararapes foi o município com maior quantidade de chuva, acumulando 125,64 milímetros em 24 horas, desde a manhã do domingo. Em seguida, o Recife acumulou 112,80 milímetros no mesmo período.

Vítimas

O Corpo de Bombeiros encontrou no domingo os corpos de dois irmãos que estavam desaparecidos em Camaragibe, região metropolitana de Recife, em função dos deslizamentos de terra ocorridos após a forte chuva registrada nesta semana. Com a identificação dos corpos, subiu para nove o número de mortes na região, provocadas pela chuva. De acordo com os bombeiros, Ítalo de Souza e Lucas da Silva estavam desaparecidos desde quinta-feira, quando um deslizamento de lama soterrou a casa onde moravam. Os alagamentos e quedas de árvores também provocaram a morte de um adolescente após a queda de uma barreira em Jaboatão dos Guararapes. Em Recife,  uma mulher foi encontrada morta dentro de um carro que afundou em um túnel inundado na capital. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac),  a previsão do tempo neste domingo para a região metropolitana é de céu parcialmente nublado, com pancadas de chuva ao longo do dia com intensidade moderada a forte. Um fenômeno conhecido como Perturbação Ondulatória dos Alísios foi o que provocou as chuvas intensas de ontem. Esse fenômeno significa uma agitação decorrente da movimentação dos ventos alísios, evento bastante comum na época chuvosa, caracterizado por fortes ventos, muita umidade e chuvas intensas.

Bacia do Rio Doce

Universidades de Minas Gerais e do Espírito Santo vão participar de pesquisas para identificar formas de recuperação das áreas da bacia do Rio Doce, impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 5 de novembro de 2015. A intenção dos estudos é monitorar e gerar soluções inovadoras para as ações de reparação. Os 15 projetos selecionados, entre as 40 propostas recebidas, foram divulgados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), que desenvolve o trabalho em parceria com a Fundação Renova e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes). No total, as propostas receberão R$ 5,6 milhões de apoio aos projetos de pesquisa que têm duração de até dois anos. Há projetos voltados para o desenvolvimento sustentável como o da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que propõe a utilização do rejeito de barragem de minério para fabricação artesanal de tijolos que serão usados na construção de moradias. Já a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai desenvolver o projeto de uso do rejeito sedimentado da bacia do Rio Doce no desenvolvimento de componentes para a construção civil. Para a educação e a cultura, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) propõe a implantação de uma rede de conhecimento e cooperação entre pesquisadores, alunos e moradores da bacia do Rio Doce. Na área ambiental, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) pretende desenvolver meios para o monitoramento do ecossistema em áreas com influência da foz. Na visão do líder das ações de Economia e Inovação da Fundação Renova, Paulo Rocha, é importante apoiar o desenvolvimento de pesquisas que tragam soluções conjuntas para os problemas enfrentados no processo de reparação na bacia. “Existe uma fronteira do conhecimento em vários temas e áreas em que a pesquisa científica é fundamental na busca por soluções. Entendemos que essa chamada vai nos dar a oportunidade de encontrar respostas que, seguramente, contribuirão para esse processo”, disse.

A escolha dos projetos

A escolha dos projetos ocorreu por meio de um edital e faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica, celebrado em maio de 2017. Nele, estão previstas as parcerias entre as instituições para o fomento e financiamento de estudos com foco na recuperação das áreas impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão. A Fundação Renova foi criada em março de 2016 com a assinatura do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) entre a Samarco, empresa responsável pela barragem, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de autarquias, fundações e institutos ligados ao meio ambiente. O objetivo da Renova é gerir e executar, com autonomia técnica, administrativa e financeira, os programas e ações de reparação e compensação socioeconômica e socioambiental para recuperar, remediar e reparar os impactos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo