Cielo: Banco Central vai autorizar pagamentos via WhatsApp

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Publicado Quarta, 28 de Outubro de 2020 às 13:51, por: CdB

O WhatsApp, braço de mensageria do Facebook, anunciou em junho uma parceria com Banco do Brasil, Cielo e as bandeiras de cartões Visa e Mastercard para pagamentos, mas o BC suspendeu essa operação.

Por Redação - de São Paulo
O presidente-executivo da Cielo, Paulo Caffarelli, disse nesta quarta-feira esperar que o Banco Central autorize em novembro o uso do WhatsApp para pagamentos.
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Caffarelli, dirigente da Cielo, está seguro que o BC vai liberar as futuras operações em meio digital
— A expectativa que a gente tem ouvido de partes envolvidas no assunto é de que autorização do regulador sairá em novembro — disse Caffarelli em teleconferência com jornalistas sobre os resultados da Cielo do terceiro trimestre, sem mencionar nomes. O WhatsApp, braço de mensageria do Facebook, anunciou em junho parceria com Banco do Brasil, Cielo e as bandeiras de cartões Visa e Mastercard para pagamentos, mas o BC suspendeu essa operação, autorizando-a desde o final de julho apenas para testes.

Concorrência

Nesse período, a expectativa em torno do início comercial desse negócio tem ampliado a volatilidade das ações da Cielo, com analistas avaliando que a maior empresa de pagamentos eletrônicos do país pode ter na parceria um caminho para se recuperar, após anos de queda nas margens e nos lucros. Essa tendência declinante foi reforçada terça-feira à noite, quando a Cielo anunciou que seu lucro do terceiro trimestre caiu 71,5% ante mesma etapa de 2019, refletindo queda nas margens devido à forte concorrência e os efeitos da crise desencadeada pela pandemia da Covid-19. Em nota a clientes, o Credit Suisse reafirmou ser “difícil ver qualquer ângulo estruturalmente positivo nas ações se a Cielo continuar da mesma forma”, embora tenha considerado o resultado trimestral acima do previsto. Analistas do setor financeiro ainda veem desafios adicionais para a Cielo com a estreia em novembro do sistema instantâneo de pagamentos, PIX, que deve tomar mercado de outras modalidades que dão receitas para instituições financeiras, caso dos cartões de crédito e de débito, eixo do negócio das adquirentes.
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