Cientista sueco defende teoria quanto à vida extraterrestre

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Publicado Domingo, 08 de Outubro de 2017 às 13:42, por: CdB

"Provavelmente, há algo que impede o surgimento de uma vida extraterrestre inteligente que de alguma maneira se possa manifestar”, afirmou o cientista.

 

Por Redação, com Sputniknews - de Estocolmo

 

No universo existirem bilhões de planetas, mas os seres humanos ainda não encontraram um traço sequer de vida extraterrestre. Uma teoria, que os cientistas chamaram de Grande Filtro, passou a ser defendida em um artigo do professor James D. Miller, no portal sueco Aftonbladet.

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Seriam poucas as civilizações extraterrestres que teriam alcançado suas luas

Segundo as estimativas mais recentes, o número de estrelas no universo atinge a marca insondável de 700 trilhões. Ao redor da maioria delas, giram planetas; e se supõe que, em muitos deles, teoricamente, pode haver vida. Portanto, do ponto de vista estatístico, deve haver um sem número de civilizações avançadas. Até agora, porém, não há provas evidentes de que elas existem.

Se nos exoplanetas da Via Láctea a probabilidade de vida fosse de apenas 0,1%, existiriam 1 milhão de planetas com vida. Então, onde estão os alienígenas? E por que não temos contato com eles?

"Provavelmente, há algo que impede o surgimento de uma vida extraterrestre inteligente que de alguma maneira se possa manifestar. 'Grande filtro' é o nome da teoria que tenta encontrar uma explicação para isso", responde Miller, professor de Economia no Smith College, em Massachusetts, EUA.

Vida extraterrestre

"Pode ser que todas as civilizações no universo estejam destinadas a desaparecer", afirma o cientista, em seu artigo.

O conceito do Grande Filtro surgiu em 1996. Apresenta a ideia de que existe uma barreira que impede civilizações tecnicamente avançadas de colonizar o Universo. Tudo pode ser muito simples. A vida não surge de todo em outros planetas, ou surge, mas não se desenvolve até um estado suficientemente inteligente. O cenário mais terrível seria se inúmeras civilizações avançadas já surgiram, em diferentes planetas; ao longo dos anos.

"Civilizações que aprenderam realizar cálculos, que desembarcaram nas suas luas, mas depois ocorreu algo que não lhes permitiu ir mais longe", disse Miller. Nesse caso, “talvez também estejamos condenados a desaparecer”, supõe.

"Se as civilizações como a nossa fossem alguma coisa comum, teríamos recebido alguma evidência disso. A única explicação é que algo as levou a desaparecer. Se encontrássemos alguma evidência da existência de civilizações extraterrestres extintas, seria uma má notícia para nós, habitantes da Terra. Isso significaria que nós também estamos condenados a perecer", acredita Miller.

Teoria da extinção

O obstáculo inevitável que enfrentaram as civilizações poderia ser a destruição da natureza, a guerra nuclear ou algo mais, explicou o escritor. Entretanto, de acordo com Miller, a Terra tem uma pequena vantagem por causa da idade do nosso planeta. Estima-se que a idade do Universo é de 13,8 bilhões de anos. Mas o nosso Sol surgiu há “apenas 4,6 bilhões de anos”, calcula.

"Se o 'grande filtro' realmente destruiu a maioria das outras civilizações que tenham existido antes da nossa, temos uma vantagem em qualquer caso. Se tivéssemos nascido na etapa inicial de desenvolvimento do universo, não seria tão surpreendente que estivéssemos sozinhos. Mas a nossa civilização surgiu relativamente tarde. Por isso, é estranho que não tenhamos encontrado evidências da existência de vida extraterrestre", sublinhou Miller.

Segundo o cientista, é por isso que temos razões imperiosas para investir mais na astronomia e na busca de civilizações extintas. Se for revelado que houve outras civilizações que morreram, poderemos descobrir por que razões elas se extinguiram e evitar tais consequências com a nossa civilização.

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