O exame de sangue abre caminho para testes possivelmente muito mais baratos e menos invasivos para detectar a beta-amiloide, que se acumula no cérebro
Por Redação, com Reuters – de Tóquio/Melbourne:
Pesquisadores do Japão e da Austrália desenvolveram um exame de sangue que detecta a proteína tóxica beta-amiloide, que foi ligada à doença mental conhecida como mal de Alzheimer.

O estudo conjunto publicado na revista científica Nature, na quarta-feira; indicou que o exame tem uma precisão de mais de 90 %.
A pesquisa se baseou em 252 pacientes australianos e 121 japoneses com idades entre 60 e 90 anos; alguns classificados como cognitivamente normais; outros com limitações cognitivas e alguns com Alzheimer.
O exame de sangue abre caminho para testes possivelmente muito mais baratos e menos invasivos para detectar a beta-amiloide; que se acumula no cérebro à medida que o Alzheimer se desenvolve; segundo os pesquisadores.
Atualmente as tomografias cerebrais e os exames invasivos de fluido cefalorraquidiano, conhecidos como punções lombares, são usados para verificar o acúmulo da proteína anormal no cérebro. Alguns exames de imagens cerebrais podem custar mais de US$ 915.
Exame de sangue
Um exame de sangue simples e de baixo custo também poderia tornar mais fácil para as empresas farmacêuticas recrutar pessoas suficientes sob risco de Alzheimer para testar novas drogas contra a doença, disseram os pesquisadores.
– Nosso exame de sangue pode… ter um potencial transformador para facilitar o desenvolvimento de drogas eficazes para o mal de Alzheimer – disse Katsuhiko Yanagisawa, diretor-geral do instituto de pesquisa do Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia, em um comunicado.