De acordo com o cientista Thomas Wevers, autor do estudo e bolsista do ESO, em Santiago, o evento foi o mais próximo (ou o menos longínquo) da Terra já registrado: a 215 milhões de anos-luz do nosso planeta.
Por Redação, com agências internacionais – de Londres
Os telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês, para European Southern Observatory) em Garching, na Alemanha, registraram o momento em que uma estrela foi engolida por um buraco negro supermassivo. A pesquisa com a observação foi publicada no boletim mensal da Real Sociedade Astronômica britânica, que circula nesta semana.

De acordo com o cientista Thomas Wevers, autor do estudo e bolsista do ESO, em Santiago, o evento foi o mais próximo (ou o menos longínquo) da Terra já registrado: a 215 milhões de anos-luz do nosso planeta. A destruição da estrela gerou uma quantidade ainda não calculada de energia e a imediata geração intensa da raios X naquela região do Universo.
Ficção científica
O fenômeno conhecido como ‘buraco negro’ é um lugar no espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar da atração pela gravidade. Qualquer objeto, ao entrar em um deles, é esmagado até parecer um espaguete, em decorrência do chamado “evento de ruptura de maré”.
Segundo o pesquisador Matt Nicholl, professor na Universidade de Birmingham, no Reino Unido, e primeiro autor do estudo, “a ideia de um buraco negro ‘sugando’ uma estrela próxima parece saída da ficção científica”.
— Mas é exatamente o que acontece num evento de ruptura de marés — concluiu.