Presidenciável do PDT, Ciro Gomes busca, agora, os votos dos petistas; embora se distancie da legenda.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes disse a interlocutores, neste sábado, que “tem pena” da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Ela afirmou, na véspera, que uma possível aliança em que o PT ocuparia a vice de Ciro; numa chapa presidencial não passaria nem com "reza brava". Hoffmann respondeu à declaração do ex-governador baiano Jaques Wagner; que negocia a aproximação com o pedetista.
Cabresto
Neste sábado, Ciro reagiu.
— Vou ter paciência, respeito e compreendo o drama do PT. E tenho pena de uma pessoa da responsabilidade da presidente nacional do PT dizer uma coisa dessas — disse Ciro, a jornalistas.
Ainda segundo o presidenciável, “ara se ver como é questão de dar pena, meu partido, o PDT, portanto, eu, estou apoiando quatro dos cinco dos principais candidatos a governador do PT”.
— Minha crença é que a população brasileira não é um eleitorado de cabresto; nem meu nem de ninguém. Eu vou tocar o meu bonde — afirmou.
Burrice
Ciro sugere que espera o apoio de eleitores do PT; mas não mais uma aliança formal com o partido. O ex-governador cearense também se negou a assumir, publicamente, um compromisso que estaria em negociação, nos bastidores, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, de conceder um eventual perdão presidencial ao ex-presidente Lula; atualmente preso, em Curitiba.
— O presidente Lula está a meio caminho de recursos (na Justiça). Se a burocracia do PT cria uma campanha pelo indulto; o que ela está dizendo? Que o Lula será condenado em última instância. Isso nega a estratégia dos advogados do Lula. A sentença contra o Lula é injusta e a prova é frágil. Eu não vou cair nessa burrice — concluiu.