“Às vezes a gente acha que o Bolsonaro é alcançável porque é misógino, machista, porque segrega gays e porque segrega negros. Ele está com essa força relativa porque ele é isto. Infelizmente é uma fração do povo brasileiro que é isso”, disse Ciro Gomes.
Por Redação – de São Paulo
Candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes tem evitado entrar em confronto direto com o candidato neofascista, Jair Bolsonaro (PSL), “para não parecer arrogante”. Assim, no entanto, deixa a tarefa para o rival tucano, Geraldo Alckmin, que começa mal nas pesquisas neste início de campanha.
— Se um cara como eu partir pra cima de uma pessoa com aquele despreparo parece arrogância — afirmou o pedetista, durante evento com militância jovem do seu partido.

Ele se referiu aos eleitores de Bolsonaro na internet com o uma turma que prega o fanatismo.
— Às vezes a gente acha que o Bolsonaro é alcançável porque é misógino, machista, porque segrega gays e porque segrega negros. Ele está com essa força relativa porque ele é isto. Infelizmente é uma fração do povo brasileiro que é isso. Que se sente representado por isso — avaliou Ciro, que visitou uma feira no bairro paulistano do Itaquera, neste domingo.
Segundo turno
Candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin participou, pela manhã, de um encontro de prefeitos da região norte paulista, numa faculdade de Ribeirão Preto. Para uma plateia de 300 pessoas, o candidato do PSDB criticou o baixo crescimento da economia brasileira. Ele disse que o país precisa de mais investimentos e, para isso, prometeu mudar a cobrança de impostos.
Anteriormente, o candidato tucano disse que a campanha eleitoral ainda está em uma fase de “treino”, e afirmou que ele estará no segundo turno da eleição presidencial de outubro, embora tenha evitado fazer previsão de quem será seu adversário.
Treino
Para tanto, a equipe de marketing do postulante também do campo da direita planeja “ataques cirúrgicos” ao adversário neofascista Jair Bolsonaro (PSL), com quem precisará disputar, palmo a palmo, a trilha até o segundo turno das eleições com o candidato petista, segundo apontam analistas políticos, diante das pesquisas de opinião.
— Tem dois ansiosos na vida: os candidatos e os jornalistas. Mas a campanha agora é que está começando. Estamos no treino ainda, agora é que vai começar a partir da semana que vem — concluiu Geraldo Alckmin.