Já são 19 anos que O Velho da Horta é apresentado ininterruptamente em algum lugar do Brasil. Estava em itinerância pelo Sesi Viagem Teatral em Birigui, SP, quando teve início a pandemia. Parou, mas está de volta, com pompa e circunstância no Sympla dias 20, 21, 27 e 28 de março, às 16h.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Em 2002, aos dois anos de trajetória, a Cia PeQuod Teatro de Animação, montou a rara farsa de Gil Vicente (1465-1536) com bonecos. O autor, considerado o primeiro dramaturgo português, também poeta, caía no gosto do público de todos os palcos.
Desde então, tornou-se uma estrela no repertório da PeQuod, dirigida por Miguel Velhinho, artista, pesquisador e professor da UNIRIO.
Já são 19 anos que O Velho da Horta é apresentado ininterruptamente em algum lugar do Brasil. Estava em itinerância pelo Sesi Viagem Teatral em Birigui, SP, quando teve início a pandemia. Parou, mas está de volta, com pompa e circunstância no Sympla dias 20, 21, 27 e 28 de março, às 16h.
Para realizar exibições que podem chegar via internet aos quatro cantos do mundo, sobretudo aos países de lingua portuguesa, a montagem foi filmada por três câmeras, inteiramente comprometidas em obter o melhor das cenas para o formato da tela. No histórico Teatro Dulcina, no Rio, o grupo e equipe audiovisual se reuniram a sós com os deuses do teatro na imensa plateia vazia, para dar conta do recado, em fevereiro último.
Referência na pesquisa de linguagem, na criação e na formação de artistas, Miguel Vellinho diz que a montagem de O Velho da Horta surgiu “de um namoro profundo com a língua portuguesa”. Em 2002, celebrava-se 500 anos da dramaturgia vicentina. “Nessa farsa, um texto pouco montado de Gil Vicente, despontam temas que integram o repertório da PeQuod, como a discussão do amor mal-sucedido, além de ser um texto elucidativo de nossas raízes e das raízes de nossa língua”, destaca Miguel.
A peça narra a história de um velho hortelão
A trama é singela. A peça narra a história de um velho hortelão, dono de uma horta, que se apaixona por uma jovem freguesa. A fim de conquistar o coração de sua amada, o senhor acaba ingenuamente revelando seus sentimentos a uma trapaceira que promete intermediar o romance, mas que na verdade só está interessada em arrancar seu dinheiro. A montagem conquistou o Prêmio Maria Clara Machado, vencedor na Categoria Especial – Confecção dos Bonecos.
Em 2021, a Cia PeQuod Teatro de Animação está completando 21 anos de atividades artísticas e chega à maturidade com uma trajetória repleta de aplausos, prêmios e de muitos olhares encantados com um trabalho que nasceu sob o compromisso de maravilhar, de tornar visível o inimaginável e de concretizar coisas que só vemos nos sonhos. Entre suas consagrados realizações estão A Chegada de Lampião no Inferno (2009) / Prêmio SHELL – indicação nas categorias Cenografia e Iluminação, Marina e Marina, a Sereiazinha (2010) / Prêmio SHELL – indicação na Categoria Especial / Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil, vencedor nas categorias Espetáculo, Direção, Cenário, Iluminação, Categoria Especial pela confecção dos Bonecos, Peh Quo Deux (2014) / Indicado pelo Jornal O Globo como um dos 10 melhores espetáculos de dança da temporada / Prêmio Questão de Crítica – indicado na Categoria Especial, pela pesquisa de movimento / Representou o Brasil do Festival de Mondial de Charleville Mezière, na França (2015).
A Feira de Maravilhas do Fantástico Barão de Munchausen (2015) / Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil.
Em 2020 a Cia PeQuod iniciou a produção do seu mais recente trabalho infantil, Pinóquio, que estreará com o patrocínio do Banco do Brasil.
Ficha Técnica
Direção: Miguel Vellinho | Elenco: Liliane Xavier, Márcio Newlands, Marcio Nascimento e Raquel Botafogo | Operação de Som: Arthur Gomes | Operação de Luz: Maurício Fuziyama | Adaptação do texto: Rosita Silveirinha, Márcio Newlands e Miguel Vellinho | Cenografia: Carlos Alberto Nunes | Figurinos: Kika de Medina | Direção Musical: Maurício Durão | Iluminação: Renato Machado | Ass. Teórica: Rosita Silveirinha | Ass. Direção: Márcio Newlands | Confecção dos Bonecos: Mariane Gutierrez, Márcio Newlands, Bernardo Macedo e Miguel Vellinho | Esculturas: Bernardo Macedo | Fotografias: Simone Rodrigues e Renato Mangolim | Comunicação: Mônica Riani | Produção: Liliane Xavier e Carmem Lúcia | Coordenação Geral: Lilian Bertin | Realização: Cia. PeQuod – Teatro de Animação /
Serviço
O Velho da Horta, com a Cia PeQuod. Dir: Miguel Vellinho. Atores-manipuladores: Liliane Xavier, Márcio Newlands, Marcio Nascimento e Raquel Botafogo
Local: ingressos grátis pelo site da Sympla: (www.sympla.com.br/ovelhodahorta)
Lotação: 300 individuais
Datas e horários: 20 e 21 de março, sábado e domingo, 16h
27 e 28 de março, sábado e domingo, 16h
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: Livre
Modalidade: Infanto-juvenil
Gênero: Farsa, teatro de bonecos | Espetáculo com intérprete em Libras.