Comércio quer acreditar que Dia das Mães será melhor

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Publicado Quinta, 29 de Abril de 2021 às 13:05, por: CdB

Segundo o economista Fabio Bentes, que assina a pesquisa, o resultado será beneficiado por ocorrer num momento de reabertura econômica, enquanto no ano passado parte significativa das lojas estava fechada, devido à pandemia. O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo.

Por Redação - de Brasília

As vendas do comércio varejista para o Dia das Mães devem movimentar R$ 12,12 bilhões este ano, um avanço de 47% em relação à mesma data de 2020, já descontada a inflação do período, estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

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Apesar dos sinais negativos, os varejistas ainda acreditam em aumento nas vendas, no Dia das Mães

Segundo o economista Fabio Bentes, responsável pelo levantamento, o resultado será beneficiado por ocorrer num momento de reabertura da economia, enquanto no ano passado parte significativa das lojas estava fechada no período, por causa da pandemia de covid-19. Apesar da melhora, o desempenho ainda deve ser 2% menor que o de 2019. "Em 2020, as vendas do varejo na data caíram 33%", lembra Bentes. 

O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal. O segmento de vestuário, calçados e acessórios deve liderar o volume de vendas este ano, com previsão de faturamento de R$ 4,09 bilhões, seguido pelos ramos de móveis e eletrodomésticos (R$ 2,38 bilhões) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 1,52 bilhão).

Inflação

Bentes pondera que as condições econômicas ainda difíceis para o consumo no curto prazo dificultam uma recuperação mais substancial das vendas para a data. Entre os empecilhos estão o mercado de trabalho ainda com elevado nível de desemprego, condições de crédito menos favoráveis e pressões inflacionárias.

A CNC aponta que 10 dos 15 produtos mais populares para a data estão mais caros atualmente do que há um ano, com destaque para os aparelhos de TV, som e informática (com alta de 19,2% em 12 meses), joias e bijuterias (14,4%), flores naturais (13,3%) e itens de cama, mesa e banho (12,0%).

Na média, a cesta completa de bens ou serviços mais consumidos na data registra a maior alta de preços desde 2016, um avanço de 4,7%, calcula a entidade com base na inflação em 12 meses até maio, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pouco mais da metade do volume de vendas no varejo neste Dia das Mães ficará concentrado em São Paulo (R$ 4,46 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,13 bilhão) e Rio de Janeiro (R$ 1,2 bilhão).

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