Publicado Sexta, 03 de Junho de 2022 às 10:56, por: CdB
A Hungria e dois outros Estados da Europa Central sem litoral garantiram isenções para as importações de oleodutos dos quais dependem, enquanto Budapeste também insistiu que o chefe da Igreja Ortodoxa Russa, patriarca Kirill, um aliado próximo de Putin, não fosse colocado na lista, apesar dos planos de sancioná-lo.
Por Redação, com Reuters - de Berlim
O sucesso da Hungria em remover um aliado próximo do presidente russo, Vladimir Putin, da última rodada de sanções da União Europeia "não foi aceitável", disse o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, nesta sexta-feira.
Primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel
A UE deu na quinta-feira sua aprovação final a um novo pacote de sanções como punição pela invasão da Ucrânia pela Rússia, incluindo um embargo gradual às importações de petróleo russo, depois de muitas disputas com o governo do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
A Hungria e dois outros Estados da Europa Central sem litoral garantiram isenções para as importações de oleodutos dos quais dependem, enquanto Budapeste também insistiu que o chefe da Igreja Ortodoxa Russa, patriarca Kirill, um aliado próximo de Putin, não fosse colocado na lista, apesar dos planos de sancioná-lo.
A oposição da Hungria bloqueou a necessária unanimidade da UE.
Acordo sobre as sanções
– Devo dizer que estou muito frustrado. Lamento dizer que ontem conseguimos um acordo sobre as sanções porque dissemos a Viktor Orbán: 'OK, tiramos o patriarca Kirill da lista'. Isso não é aceitável – disse Bettel, sob aplausos em uma conferência do grupo pan-europeu Alde.
– Ele estava na lista e depois ameaçam recusar tudo por causa da presença de Kirill.