Conferência sobre o clima começa esvaziada no frio polonês

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Publicado Domingo, 02 de Dezembro de 2018 às 13:02, por: CdB

O clima político também mudou desde o acordo de Paris e a frágil unidade global que permitiu o acordo se quebrou.

 
Por Redação, com Reuters - de Katowice, Polônia
  Delegados de quase 200 países iniciaram neste domingo duas semanas de negociações para tratar de profundas divisões políticas na mais importante reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre aquecimento global desde o marco do Acordo de Paris, em 2015, para deixar de usar combustíveis fósseis.
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A COP-24, na Polônia, teve início morno neste domingo, com dúvidas sobre a participação do Brasil e dos EUA
Expectativas estão baixas de que as negociações em Katowice, no coração da região carvoeira da Polônia, serão suficientes para resolver preocupações manifestadas em relatórios ao longo das últimas semanas sobre a gravidade das crescentes emissões de gases estufa. Não apenas o frio polonês contribui para o início vagaroso das conversas na COP 24, mas o ambiente político também mudou desde o acordo de Paris. A frágil unidade global que permitiu o acordo se quebrou.

Fontes energéticas

O primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, declarou a conferência da ONU aberta neste domingo e entregou a presidência das conversas a Michal Kurtyka, vice-ministro do Meio Ambiente da Polônia. — Todos teremos de mostrar criatividade e flexibilidade — disse Kurtyka. Agravando as tensões, o Brasil voltou atrás em uma promessa de sediar a próxima conferência climática da ONU, no próximo ano, em decisão que teve a participação do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Acordo de Paris

Os Estados Unidos, enquanto isso, reiteraram na cúpula do G20, na Argentina, no sábado sua decisão de sair do acordo de Paris e um comprometimento nacional de usar todas as fontes energéticas. Os outros membros do grupo dos 20 países mais industrializados - incluindo a China, maior poluente - reafirmaram seus compromissos de implementar o acordo de Paris, levando em conta suas circunstâncias nacionais e capacidades relativas. As negociações em Katowice antecedem um prazo que vence no fim do ano para produzir um “livro de regras” para registrar os amplos detalhes que foram acordados em Paris, cujo objetivo é de limitar a alta nas temperaturas globais a entre 1,5 e 2 graus Celsius. Para dar uma melhor chance às negociações, o início das conversas em Katowice foram adiantadas em um dia.
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