A confiança do consumidor norte-americano na economia dos EUA registrou queda em outubro, com o pessimismo devido aos furacões que atingiram o país nos últimos meses, a alta nos preços dos combustíveis e a preocupação sobre o mercado de trabalho. O índice de confiança na economia, apurado pelo instituto privado de pesquisa Conference Board caiu para 85 pontos em outubro, nível mais baixo desde outubro de 2003. Em setembro o índice havia ficado em 87,5 pontos.
– Muito da queda na confiança do consumidor nos últimos dois meses pode ser atribuído aos recentes furacões, aos choque de preços dos combustíveis e a um mercado de trabalho que perde força – disse a diretora do Centro de Pesquisa de Consumo do instituto, Lynn Franco.
A expectativa dos analistas era de que o índice tivesse ligeiro ganho em relação a setembro, indo para 88 pontos.
Segundo Franco, o “grau de pessimismo, em conjunto com a expectativa de contas de aquecimento doméstico muito mais altas neste inverno, pode tirar ânimo da temporada de fim de ano, que se aproxima”.
Outros fatores que podem ainda vir a causar efeitos no ânimo dos consumidores americanos, segundo analistas, foram a queda nos índices de aprovação do presidente norte-americano, George W. Bush e a situação política no Oriente Médio. O componente do índice que mostra a opinião dos consumidores sobre a situação atual da economia caiu para 108,2 pontos, contra os 110,4 de setembro. O componente que indica a expectativa para os próximos seis meses caiu para 69,5 pontos em outubro, contra 72,3 do mês passado.
O indicador de expectativas para maior oferta de empregos nos próximos meses caiu para 12,2 pontos, contra 14 de setembro. Já o indicador que mostra a expectativa de menos empregos no mercado de trabalho caiu (de 24,8 pontos para 23,7), mas ainda se manteve alta. A pesquisa foi baseada em respostas a um questionário enviado a 5.000 domicílios recebidas até 18 de outubro. Os dados sobre consumo nos EUA são acompanhados com cuidado pelos economistas, uma vez que o consumo responde por cerca de dois terços de toda atividade econômica dos EUA.