Depois de três meses de diminuição, a confiança do consumidor brasileiro deu sinais de aumento em setembro. De acordo com uma sondagem realizada pela FGV, para 37,3% dos entrevistados a situação econômica do país piorou nos últimos seis meses. Em agosto, o índice era de 39,9%.
De acordo com a 22ª Sondagem de Expectativas do Consumidor realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), comparativamente a agosto houve melhora em cinco dos oito principais itens pesquisados.
Dois pioraram e um ficou estável. ” A recuperação de parte da confiança perdida nos últimos meses pode indicar um início de mudança de percepção do consumidor, face aos resultados relativamente favoráveis da economia em meio à turbulência política dos últimos meses ” , diz relatório da entidade.
Segundo a FGV, que ouviu 1.451 chefes de domicílio nas 12 principais capitais do país entre os dias 2 e 22 de setembro, melhoraram os resultados referentes à situação presente. Quanto ao futuro, apesar da diminuição do pessimismo, o resultado é o segundo pior da série histórica – perdendo apenas para o de agosto.
No quadro presente, em relação à sua própria família, 12,3% dos entrevistados disseram que a situação econômica está boa no momento atual e 27,7% afirmaram que está ruim. Na pesquisa de agosto, a avaliação positiva foi feita por 12,4% das pessoas consultadas, enquanto 28,1% informaram que a situação presente era ruim – configurando estabilidade nesse indicador.
Dos consultados, 16,7% acreditam que hoje sua condição econômica é melhor do que há seis meses, enquanto 18,8% avaliam que está pior. Em agosto, esses percentuais eram, respectivamente, de 15,2% e 20,7%. A diferença de 2,1 pontos entre os extremos é a menor desde junho deste ano.
Para o país, a avaliação também melhorou. A parcela de consumidores que consideraram a situação econômica do país melhor que a de seis meses atrás subiu de 9,5% em agosto para 12,2% em setembro. A dos que a consideraram pior diminuiu de 39,9% para 37,3%. A diferença entre os extremos, de 25,1 pontos negativos, é melhor do que a de agosto (-30,4).