Controle societário muda e Lojas Americanas têm nova direção

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Publicado Quarta, 03 de Novembro de 2021 às 14:16, por: CdB

Para a nova estrutura, em fase de estruturação, a proposta é que a Americanas S.A. incorpore as Lojas Americanas – hoje tanto holding quanto empresa têm ações listadas na Bolsa brasileira. Na equação montada, cada acionista das Lojas Americanas receberá uma fração da ação da Americanas S.A., precisamente 0,186 do papel.

Por Redação, com OESP - de São Paulo
Os sócios Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles abriram mão do controle de uma das líderes do varejo nacional, as Lojas Americanas, depois de 40 anos no comando da companhia. O passo, que simplifica sua estrutura societária e responde a uma demanda de investidores, ocorre antes da listagem que a companhia fará nos Estados Unidos, mudando o domicílio de sua sede. Isso sinaliza que a companhia buscará sua internacionalização em um momento em que tem acelerado seu crescimento via aquisições no Brasil.
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Telles, Lemann (C) e Sicupira deixam a administração das Lojas Americanas
Para a nova estrutura, a proposta é que a Americanas S.A. incorpore as Lojas Americanas – hoje tanto holding quanto empresa têm ações listadas na Bolsa brasileira. Na equação montada, cada acionista das Lojas Americanas receberá uma fração da ação da Americanas S.A., precisamente 0,186 do papel. Nesse processo, em que apenas a Americanas S.A. será listada, o trio de investidores verá sua participação diluída e passará a deter 29,2%, deixando o controle para ser o investidor de referência da empresa, que passará a ter capital difuso.

Controle

Hoje, nas Lojas Americanas, os controladores têm 38,2% da companhia e 60,8% das ações ordinárias, que são aquelas com direito a voto. O desenho ainda deverá ser validado pelos seus acionistas minoritários em assembleia marcada para o dia 10 de dezembro. A nova estrutura societária também responde a uma queixa do mercado, que vinha pedindo mais governança à empresa. Em abril deste ano, quando a companhia uniu as operações físicas e online (a Americanas e a B2W), a composição da holding desagradou aos investidores, já que ela foi pensada exatamente para garantir que o controle fosse preservado. A estrutura de holding permitiu que o trio continuasse mandando na empresa, já que tinha mais do que a metade das ações com voto, mesmo que com menos de 50% de participação na empresa.
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