Em conversa com Macron e Scholz, Putin denuncia ação de neonazistas

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Publicado Sábado, 12 de Março de 2022 às 14:05, por: CdB

"Em resposta às perguntas feitas por interlocutores acerca da situação humanitária nas regiões da operação militar especial para a defesa de Donbass, Vladimir Putin informou sobre a situação real" nestas áreas, disse o Kremlin sobre a conversa telefônica realizada entre os três líderes.

Por Redação, com agências internacionais - de Moscou
Presidente da Rússia, Vladimir Putin falou com Emmanuel Macron, da França, e Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, sobre questões como as atividades de batalhões neonazistas e as negociações russo-ucranianas. Em conversa com Macron e Scholz, o dirigente russo pediu que eles influenciem as autoridades de Kiev para pôr fim às ações criminosas dos batalhões neonazistas ucranianos, informou neste sábado o serviço de imprensa do Kremlin.
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O chanceler alemão, Olaf Scholz, conversa com Putin sobre a situação na Ucrânia
"Em resposta às perguntas feitas por interlocutores acerca da situação humanitária nas regiões da operação militar especial para a defesa de Donbass, Vladimir Putin informou sobre a situação real" nestas áreas, disse o Kremlin sobre a conversa telefônica realizada entre os três líderes. "Em particular, foram apontados numerosos fatos de graves violações do direito humanitário internacional por militares ucranianos – assassinatos extrajudiciais de dissidentes, tomada de civis como reféns e utilização de civis como escudos humanos, instalação de armas pesadas em áreas residenciais, perto de hospitais, escolas, jardins de infância", mencionou a declaração. Putin ainda afirmou que "os batalhões nacionalistas estão sabotando sistematicamente as operações de resgate da população [e] intimidam os civis quando se tenta retirá-los”. Vladimir Putin instou Emmanuel Macron e Olaf Scholz a influenciarem as autoridades de Kiev para cessar tais ações criminosas, indicou o comunicado. Putin também referiu as negociações russo-ucranianas, com os três lados discutindo questões "ligadas aos acordos que estão sendo elaborados sobre as demandas russas conhecidas", segundo o Kremlin.

Sanções

Já Macron e Scholz, segundo o Kremlin, "exortaram a um cessar-fogo imediato na Ucrânia e a uma resolução diplomática do conflito. Foi decidido não revelar o resto do conteúdo da conversa”. Putin, Macron e Scholz acordaram continuar os contatos quanto à questão ucraniana. Além disso, de manhã o chanceler alemão falou com Vladimir Zelensky, o presidente ucraniano, e "soube da sua avaliação da situação atual". Ambos os líderes concordaram em permanecer em contato. A operação militar especial de Moscou para "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia foi anunciada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro, após um pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk em meio à intensificação dos ataques do Exército ucraniano. O Ministério da Defesa da Rússia sublinhou repetidamente que as Forças Armadas do país estão atacando apenas a infraestrutura militar da Ucrânia com armas de alta precisão e que não possui alvos civis. Em resposta, os Estados Unidos, o Reino Unido, os membros da UE e vários outros países impuseram duras sanções contra a Rússia. Alguns deles fecharam seu espaço aéreo para todos os voos russos, sancionaram vários bancos e parlamentares, censuraram meios de comunicação e cancelaram a participação de esportistas e eventos da cultura russa.
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