Conversa com Zelenskiy é possível, mas negociações pararam, diz Kremlin

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Publicado Quarta, 01 de Junho de 2022 às 08:18, por: CdB

Peskov disse ainda que as pessoas, nas regiões ucranianas de Kherson, Zaporizhzhia e Donbashhia, ocupadas pela Rússia, devem decidir seu próprio futuro, e o Kremlin não duvida que eles tomarão a "melhor decisão".

Por Redação, com Reuters - de Moscou

A Rússia disse, nesta quarta-feira , que não descarta uma reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskiy, da Ucrânia, mas que qualquer conversa desse tipo precisa ser preparada com antecedência.
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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou a repórteres, em teleconferência, que o trabalho em um acordo de paz com a Ucrânia parou há muito tempo e não foi retomado. Peskov disse ainda que as pessoas, nas regiões ucranianas de Kherson, Zaporizhzhia e Donbashhia, ocupadas pela Rússia, devem decidir seu próprio futuro, e o Kremlin não duvida que eles tomarão a "melhor decisão". A Ucrânia afirmou anteriormente que a anexação das regiões pela Rússia colocaria fim às conversações de paz entre os dois lados.

Kremlin

O Kremlin disse ainda que o mundo pode estar à beira de grande crise alimentar, culpando as "restrições ilegais" impostas à Rússia pelos países ocidentais e as decisões das autoridades ucranianas. Mais de três meses desde que invadiu a Ucrânia, a Rússia tomou grande parte da costa do país vizinho e está bloqueando seus portos, mas tenta atribuir a culpa da falta de embarque de grãos às sanções ocidentais e a Kiev. – Estamos potencialmente à beira de uma crise alimentar muito profunda, ligada à introdução de restrições ilegais contra nós e às ações das autoridades ucranianas. Colocaram minas (explosivas) no caminho para o Mar Negro e não estão embarcando grãos de lá, apesar de a Rússia não impedir de forma alguma – disse Peskov.

Zelenskiy

Na terça-feira, o presidente ucraniano saudou o sexto pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia, mas criticou o que chama de atraso "inaceitável" no acordo do bloco sobre as últimas medidas. – Quando já se passaram mais de 50 dias entre o 5º e o 6º pacote de sanções, a situação não é aceitável para nós – afirmou Zelenskiy, falando ao lado da presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova, em Kiev.
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