Depois de mais de dois meses da eclosão do primeiro caso, a Coreia do Sul declarou nesta terça-feira o fim do surto da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), que matou 36 pessoas no país.
– Após pesar várias circunstâncias, autoridades médicas e o governo julgaram que as pessoas podem agora ficar despreocupadas – disse o primeiro-ministro sul-coreano, Hwang Kyo-ahn, em reunião com funcionários do governo, em Seul.
O último paciente suspeito de ter contraído mers foi liberado da quarentena na segunda-feira, e não houve novos casos relatados por 23 dias.
– Peço à população que elimine todas as preocupações sobre o vírus mers e que retorne às atividades diárias normais, incluindo atividades econômicas, culturais, escolares e de lazer – acrescentou Hwang.
O surto causou prejuízos à economia da Coreia do Sul, com a retração do consumo e um forte impacto sobre o setor do turismo. Milhares de escolas foram fechadas durante o auge do surto, já que os pais mantiveram as crianças em casa.
O vírus mers, identificado pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012, é considerado um primo mais mortal, mas menos infeccioso, da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que matou centenas de pessoas na Ásia num surto em 2003.
As autoridades de Saúde sul-coreanas foram criticadas pela fraca resposta inicial ao surto, mas realizaram medidas de quarentena que resultaram no confinamento de quase 17 mil pessoas em suas próprias casas. A ação provou ser eficaz na prevenção da propagação da doença.
O governo anunciou recentemente um pacote de estímulo de US$ 19,8 bilhões. Grande parte deste dinheiro é destinada a ajudar empresas que foram atingidas pela epidemia.