O Parlamento da Coréia do Sul aprovou uma proposta para o envio de 700 soldados de suas tropas de logística para apoiar os Estados Unidos na guerra contra o Iraque.
A medida foi aprovada por uma maioria significativa dos membros da Assembléia Nacional do país, após um apelo do presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, para que os parlamentares apoiassem a proposta.
Roh disse que o envio de equipes de médicos e engenheiros fortaleceria os vínculos entre a Coréia do Sul e Washington, essenciais, na opinião dele, na solução da crise nuclear envolvendo a Coréia do Norte.
Antes da votação, nesta quarta-feira, houve confrontos entre manifestantes contrários à guerra e a polícia em frente ao Parlamento em Seoul.
Realidade X princípios
Em discurso pedindo que o país apoiasse sua decisão, o presidente Roh Moo-hyun disse que o futuro do país estava em jogo.
“Infelizmente, a política internacional é baseada em realidade, não em princípios”, disse Roh.
“Para uma solução pacífica para o problema nuclear da Coréia do Norte, é muito importante que haja uma cooperação sólida entre a Coréia do Sul e os Estados Unidos”, acrescentou.
Vários entidades civis disseram que vão marcar os políticos que votaram a favor da medida para garantir que eles não sejam reeleitos. E uma das mais importantes associações de trabalhadores do país disse que continuará se opondo à política do presidente.
“Enviar tropas sul-coreanas para ‘ajudar um aliado’ ou ‘em defesa de interesses nacionais’ é como ajudar um amigo a cometer um assassinato e depois repartir os lucros”, disse a Federação dos Sindicatos da Coréia.