O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou ao porta-aviões USS Carl Vinson que navegue próximo à Coreia do Norte em resposta à crescente tensão sobre os testes nucleares
Por Redação, com agências internacionais - de Pyongyang e Seul
A Coreia do Norte disse neste domingo que estava pronta para atacar um porta-aviões dos Estados Unidos para demonstrar seu poderio militar, em um momento em que dois navios da marinha japonesa se juntaram a um grupo norte-americanos para realizar exercícios no Pacífico Ocidental.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou ao porta-aviões USS Carl Vinson que navegue para as águas da península coreana em resposta à crescente tensão sobre os testes nucleares e de mísseis do Norte e as ameaças de atacar os Estados Unidos e seus aliados asiáticos.
Os Estados Unidos não especificaram onde está o porta-aviões. O vice-presidente americano Mike Pence disse no sábado que chegaria "dentro de dias", mas não deu mais detalhes.
Força militar
"Nossas forças revolucionárias estão prontas para combater o porta-aviões nuclear com um único ataque", disse em um comentário o Rodong Sinmun, jornal do Partido dos Trabalhadores do Norte.
O jornal comparou o porta-aviões a um "animal grosseiro" e disse que um ataque seria "um exemplo real para mostrar a força de nossos militares".
O comentário foi realizado na página três do jornal, depois de um artigo de duas páginas sobre a inspeção do líder Kim Jong em uma fazenda de porcos.
Detidos
Ainda neste domingo, a Coreia do Norte divulgou a prisão de um cidadão dos Estados Unidos na sexta-feira. Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, isso eleva para três o número total de norte-americanos detidos pelo país.
O homem, um coreano-americano de 50 anos identificado apenas pelo sobrenome Kim, esteve na Coreia do Norte há um mês. Segundo a Yonhap, ele foi preso no Aeroporto Internacional de Pyongyang quando tentava deixar o país.
O homem era ex-professor na Universidade Yanbian de Ciência e Tecnologia (YUST), informou a Yonhap, citando fontes anônimas. Um funcionário do Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul disse que não estava ciente da detenção relatada.
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A Coreia do Norte ainda mantém detidos dois outros norte-americanos.
Otto Warmbier, um estudante de 22 anos, foi detido em janeiro do ano passado e condenado a 15 anos de trabalho duro por um tribunal norte-coreano ao tentar roubar uma bandeira de propaganda.
Em março de 2016, o coreano-americano Kim Dong Chul, 62, foi condenado a 10 anos de encarceramento, por subversão. O missionário norte-americano Kenneth Bae foi preso em 2012. Bae estava condenado a 15 anos de trabalhos forçados, por crimes contra o Estado. Mas foi libertado dois anos depois.