Cortes na educação e pesquisa científica afundam o Brasil

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Publicado Terça, 03 de Setembro de 2019 às 06:54, por: CdB

O desgoverno de Jair Bolsonaro não par de efetuar cortes na educação em prejuízo ao país. Em apenas oito meses já foram cortados mais de R$ 6 bilhões. A bola da vez é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que anunciou novos cortes para os bolsistas dos programas de pesquisas científicas. Cerca de 2 mil bolsas foram cortadas.

Por Francisca Rocha  - de São Paulo

A questão é tão grave que o Fantástico, da Globo, de domingo mostrou uma reportagem pela qual jovens medalhistas em Olimpíada de Matemática estão temerosos. Esses jovens recebem uma bolsa de R$ 100 por mês, durante um ano.
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O desgoverno de Jair Bolsonaro não par de efetuar cortes na educação em prejuízo ao país
Todo ano são distribuídas 6 mil bolsas de R$ 100 aos medalhistas como incentivo ao prosseguimento dos estudos e aos que quiserem ingressar no curso superior a bolsa é de R$ 400. Em Cocal dos Alves, no Piauí, estudantes têm aulas extras de matemática no sábado, das 8h às 17h, conta a reportagem. Um investimento que já trouxe mais de 120 medalhas para uma escola pública da região. Em São Paulo, sem que o governador João Doria faça nada, todos os 18.470 pesquisadores do CNPq, que representam 22% dos 83.405 bolsistas do país. Outros estados também perdem.

Bolsistas

O Rio de Janeiro fica sem 16.996 bolsistas, Minas Gerais 7.650 bolsistas, Rio Grande do Sul 7.183 bolsistas e Paraná perde 4.253 bolsistas. De acordo com o CNPq, 88% dos 784,78 milhões previstos pela Lei Orçamentária Anual de 2019 para serem executados ao longo deste ano já foram utilizados. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) anunciou na segunda-feira um corte de 5.613 bolsas de pós-graduação no país. Esses cortes afetam inclusive as pesquisas sobre vacinas e significam mais um passo ao extermínio da ciência brasileira. A mobilização deve ser geral para pôr fim aos cortes orçamentários em setores tão vitais para a vida da nação. A educação pública precisa de mais investimentos para não faltar verba às pesquisas e às ciências. O país agradece!
Francisca Rochaé secretária de Assuntos Educacionais e Culturais do Sindicato dos Professores de Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), secretária de Saúde da Confederação Nacionaldo Trabalhadores na Educação (CNTE) e dirigente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB-SP).

As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil

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