O relatório do senador Amir Lando (PMDB-RO) avalia que o resultado das investigações da CPMI das Sanguessugas não permite concluir que os candidatos do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, sabiam da operação de compra de dossiê para incriminar candidatos do PSDB. Lando disse, no entanto, que foi comprovada a ligação do ex-policial federal Gedimar Passos com a campanha do partido.
O relatório recomenda que o Ministério Público indicie por formação de quadrilha Gedimar Passos e outros envolvidos na compra do dossiê – o empresário Valdebran Padilha, o ex-coordenador de Comunicação da campanha de Mercadante Hamilton Lacerda, o enfermeiro e ex-diretor do Besc Jorge Lorenzetti, o ex-integrante do comitê da campanha de reeleição de Lula Osvaldo Bargas e o ex-diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil Expedito Veloso.
Pizza
Presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) afirmou que o relatório final, aprovado nesta quinta-feira, é “conclusivo, consistente, imparcial e seguro, como deve ser uma investigação parlamentar”.
– A CPMI não terminou em “pizza” – afirmou o deputado.
Biscaia disse ainda que não tem dúvida de que os 72 parlamentares responsabilizados no relatório parcial da comissão, apresentado em agosto, quebraram o decoro parlamentar. Ele destacou que, se as conseqüências dessa responsabilização não foram as desejadas pela sociedade, a culpa não é da CPMI.