Criação de emprego é menor do que o esperado e enfraquece economia norte-americana

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Publicado Sexta, 07 de Outubro de 2016 às 12:42, por: CdB

A taxa de desemprego subiu 0,1 ponto percentual, para 5,0% no mês passado. Embora o aumento tenha sido causando de fato de norte-americanos estarem voltando a buscar emprego

 
Por Redação, com agências internacionais - de Washington
  A criação de vagas de trabalho nos EUA desacelerou inesperadamente pelo terceiro mês consecutivo em setembro. O fato pode deixar o Federal Reserve, banco central norte-americano, mais cauteloso sobre o aumento da taxa de juros. A criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola somou 156 mil no mês passado, após criação revisada de 167 mil vagas em agosto. Os dados do Departamento de Trabalho foram divulgados nesta sexta-feira. Economistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters esperavam por 175 mil vagas, no mês passado.
janet-yellen.jpgChair do Fed, Janet Yellen acredita que juros nos EUA devem subir ainda este ano apesar do fraco desempenho no mercado de emprego
A chair do Fed, Janet Yellen, afirma que a economia precisa gerar perto de 100 mil empregos por mês. Isso, se quiser acompanhar o crescimento da população. A média mensal de criação de vagas tem sido de cerca de 180 mil neste ano, o que Yellen descreveu como "insustentável". A taxa de desemprego subiu 0,1 ponto percentual, para 5,0% no mês passado. Embora o aumento tenha sido causando de fato de norte-americanos estarem voltando a buscar emprego.

Taxa de emprego

O relatório de emprego desta sexta-feira é o último antes da reunião de política monetária do Fed nos dias 1 e 2 de novembro. Os investidores não vêem quase nenhuma chance de uma alta nesta reunião. Alegam a a proximidade da eleição presidencial de 8 de novembro. A renda média por hora para os trabalhadores do setor privado subiu 2,6% em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em linha com as expectativas dos economistas. A taxa de crescimento anual tem mostrado sinais de aceleração ao longo do último ano. Ainda assim, mais lenta do que antes da recessão entre 2007 e 2009. Três autoridades do Fed votaram por uma alta dos juros no mês passado, quando o banco central deixou a taxa inalterada. Entretanto, os dados desta sexta-feira fortalecem aqueles que têm defendido maior lentidão em relação a aumentos dos juros.

Queda do dólar

Nesta sessão, o dólar abandonou a alta do início do dia e virou para território negativo ante o real. Isso ocorre depois da divulgação dos dados do mercado de trabalho norte-americano, mais fracos do que o esperado. O movimento pode levar o Fed a adiar o aumento do juros no país. Às 11h59, o dólar recuava 0,46%, para 3,2077 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda bateu em 3,1918 reais e, na máxima, a 3,2422 reais. O dólar futuro cedia 0,6%. — O dado norte-americano veio muito abaixo do esperado o que diminui a possibilidade de o Fed aumentar os juros. Nem mesmo a Mester defendendo alta dos juros vai colar hoje, o número é o que importa — disse à Reuters o operador da corretora Advanced, Alessandro Faganello. Presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester disse que o crescimento do emprego dos EUA no mês passado foi "sólido”. Embora tenha desacelerado ante os meses anteriores. Ela continua a acreditar que é apropriado para o banco central norte-americano elevar os juros.

Movimento do dólar

Nesta manhã, a chance de um aumento da taxa de juros dos EUA era de 64% para o encontro de dezembro, segundo pesquisa FedWatch do CME. Internamente, houve a aprovação da PEC do teto dos gastos na quinta-feira por comissão especial da Câmara. Pesa, ainda, a expectativa de que a Câmara a aprove em primeiro turno já na semana que vem. Soma-se à inflação mais fraca como fator de atração mais intensa de recursos para o país. — É o início da recuperação — comentou Faganello Na abertura, a moeda subiu ante o real com os investidores na defensiva enquanto aguardavam a divulgação dos números do mercado de emprego. O Banco Central vendeu nesta manhã o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de moeda.
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