Criminalidade no carnaval de 2003 não diminuiu com o Exército nas ruas

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Publicado Terça, 13 de Abril de 2004 às 23:25, por: CdB

Na Rio-92, a presença na cidade de chefes de Estado e de Governo foi a justificativa para o Exército nas ruas: blindados, helicópteros, caminhões e soldados mobilizados para a segurança pública.

De lá para cá, o debate sobre a participação das Forças Armadas em ações policiais se intensificou, sempre passando por três pontos: não ser essa uma atribuição constitucional dos militares, não haver um treinamento específico das tropas para esse fim e a dúvida quanto a resultados concretos.

No carnaval de 2003, da última vez que as Forças Armadas foram convocadas para apoiar o patrulhamento no Rio, os números foram negativos. Mesmo com o reforço no policiamento - a presença de cerca de três mil militares nas ruas, após uma onda de violência imposta por traficantes - os índices de criminalidade subiram, em comparação ao mesmo período de 2002.

Registraram-se 70 homicídios entre sábado e terça-feira de carnaval, contra 59 mortes no mesmo período no ano anterior. O número de assaltos em ônibus passou de 22 para 50; o de assaltos a estabelecimentos comerciais foi de 29 para 34 durante o carnaval.

A situação, em números, repetiu a da Operação Rio, deflagrada em novembro de 1994. Mesmo com as Forças Armadas atuando com poder de polícia, nenhum dos chefões do tráfico de drogas no Rio foi preso, e esse era o objetivo daquela operação.

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