Governos de todo o mundo podem começar a restringir o uso de bitcoin e outras criptomoedas, de acordo com Jesse Powell, presidente-executivo da Kraken, corretora de moedas digitais baseada em São Francisco, nos EUA.
Por Redação, com Sputnik – de São Francisco
Governos de todo o mundo podem começar a restringir o uso de bitcoin e outras criptomoedas, de acordo com Jesse Powell, presidente-executivo da Kraken, corretora de moedas digitais baseada em São Francisco, nos EUA.
Especialistas acreditam que, diante do crescimento das criptomoedas, restrições podem começar a surgir. Jesse Powell, presidente-executivo da corretora Kraken, afirmou à CNBC que “pode haver alguma repressão”, acrescentando que a incerteza regulatória em torno das criptomoedas não desaparecerá tão cedo.
As palavras de Powell seguem uma recente regra contra lavagem de dinheiro proposta pelo governo dos EUA que exigiria que as pessoas que mantêm suas criptomoedas em uma carteira digital privada se submetam a verificações de identidade se fizerem transações de US$ 3 mil (cerca de R$ 17,2 mil) ou mais.
– Algo assim poderia realmente prejudicar criptomoedas e meio que matar uso original, que era apenas tornar os serviços financeiros acessíveis a todos – afirma o CEO.
Os reguladores dos EUA
Ele demonstrou ter esperança de que “os reguladores dos EUA e internacionais não tenham uma visão muito estreita sobre isso”, observando que alguns outros países, citando como exemplo a China, estão levando a criptomoeda muito a sério e atuando com uma visão de longo prazo.
Powell disse que sente que os EUA são mais “míopes” do que outras nações e são “suscetíveis” às pressões de bancos que, segundo ele, teriam mais a perder “com criptomoeda se tornando um grande negócio”. O CEO da corretora baseada em São Francisco também revelou que acredita ser “tarde demais” para tentar parar as criptomoedas.
O valor das criptomoedas aumentou recentemente, com o bitcoin atingindo um novo recorde de preço de US$ 62 mil (mais de R$ 355 mil) nesta terça-feira. A moeda digital mais proeminente do mundo estava sendo negociada com alta de mais de 3%.