Crise internacional afeta principalmente a Argentina e o Brasil

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Publicado Quarta, 03 de Outubro de 2001 às 09:23, por: CdB

Os efeitos da desaceleração mais acentuada da economia mundial depois dos ataques terroristas aos Estados Unidos e da iminência de uma guerra envolvendo tropas ocidentais estão se fazendo sentir nos países emergentes. Já se esperava que nações com problemas mais evidentes nas contas externas ficassem muito sensíveis nesse momento de redução de fluxos de capitais e contração dos seus principais mercados importadores. Segundo analistas, Turquia, Argentina e Brasil - nessa ordem - são os casos mais preocupantes. O anúncio de forte retração na arrecadação fiscal argentina no mês - 14% menor do que em setembro de 2000 - trouxe à tona a dificuldade que o governo enfrenta em aplicar o programa de eliminação imediata do déficit público. Os atentados também modificaram as prioridades do governo norte-americano, que paralisou a renegociação da dívida externa argentina. Assim, começa a falhar o plano da equipe econômica, que conseguiu US$ 8 bilhões adicionais do Fundo Monetário Internacional (FMI) no início do mês para ganhar tempo até que as medidas fizessem efeito. Agora, às vésperas das eleições legislativas - marcadas para o dia 14 -, recomeçam os boatos de saída do ministro da Economia, Domingo Cavallo, desvalorização cambial e calote da dívida externa. Segundo analistas, a oposição deve vencer o pleito, dificultando ainda mais a implementação de medidas impopulares, e um novo pacote de ajuda externa parece muito improvável. As perspectivas para a Argentina estão ruins e muitos acreditam que devem piorar. E os efeitos serão sentidos no Brasil, que teve seu desequilíbrio nas contas externas agravados com o novo cenário da economia mundial, e está numa situação bem mais frágil que há um mês. Fed reduziu juro básico Conforme esperado, o Fed - banco central dos EUA - cortou o juro básico pela nona vez no ano, reduzindo a taxa de 3% a 2,5% ao ano. O juro real, portanto, está muito próximo de zero, e a autoridade monetária não descarta novos cortes para estimular o consumo e o investimento, e, portanto, a atividade econômica, ainda neste ano. A próxima reunião do Fed ocorrerá em 6 de novembro. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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