Cuba se supera no desenvolvimento e aplicação da vacina contra covid

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Publicado Domingo, 17 de Julho de 2022 às 14:57, por: CdB

Dessa forma, 9.975.833 cubanos estão vacinados, o que representa mais de 97,7% da população apta para vacinar-se já imunizada com o esquema completo e 84% com dose de reforço. As fórmulas foram desenvolvidas pelo complexo BioCubaFarma, que reúne 32 empresas e 25 mil trabalhadores, e agora aponta para aumentar a produção de medicamentos.

Por Redação, com BdF - de Havana
Cuba foi o primeiro e único país da América Latina a desenvolver imunizantes contra o vírus sars-cov2. Ainda em agosto de 2020 o país apresentou sua primeira fórmula: a Soberana 01. Hoje já são cinco imunizantes desenvolvidos: Soberana 01, Soberana 02, Soberana Plus, Abdala e Mambisa.
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A Abdala é a vacina de reforço para os cubanos que já tomaram as três primeiras doses contra covid-19
Já em maio do ano passado, a nação iniciou sua campanha de vacinação com as duas fórmulas mais avançadas: a Soberana 02 e a Abdala. A Soberana 01 e a Mambisa, imunizante de aplicação nasal, estão em fase final de testes. Enquanto a Soberana Plus é usada como dose de reforço e teve alta eficácia em pacientes com reinfecção do vírus. Dessa forma, 9.975.833 cubanos estão vacinados, o que representa mais de 97,7% da população apta para vacinar-se já imunizada com o esquema completo e 84% com dose de reforço. As fórmulas foram desenvolvidas pelo complexo BioCubaFarma, que reúne 32 empresas e 25 mil trabalhadores, e agora aponta para aumentar a produção de medicamentos, a fim de atender o banco de vacinas da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba-TCP).

Variante

O Estado cubano também foi o primeiro no continente americano a autorizar a imunização em crianças de 2 a 17 anos, ainda em setembro do ano passado. Com isso, o país estima que conseguiu evitar cerca de 63 mil contágios, segundo estudos do Ministério de Saúde Pública, e atravessou o surgimento da variante ômicron, considerada a cepa mais contagiosa do coronavírus, sem registrar mortes infantis. Com as vacinas, a ilha caribenha parece ter superado a situação de emergência sanitária. Há pelo menos cinco meses o país não registra falecidos e nem casos graves de pacientes com covid-19. Até a última sexta-feira (15), o país possuía 225 casos ativos e um acumulado de 1,1 milhão de casos e 8,5 mil falecidos, desde 2019, de acordo com o Ministério de Saúde Pública. A taxa de letalidade da doença no país é de 0,77%, muito inferior à média mundial, de 1,13%, e no continente americano, 1,67%.

Bloqueio

Diante da quarta onda de contágios no mundo, que acontece em plena alta temporada para o turismo cubano, o presidente Miguel Díaz-Canel pediu que as autoridades do Ministério de Saúde Pública aumentassem a realização de testes para "quantificar um possível risco contra a população cubana". A campanha exitosa contra a pandemia de covid-19 contou também com solidariedade internacional. Com um bloqueio econômico imposto desde 1962 pelos Estados Unidos, a ilha socialista teve dificuldades de comprar insumos médicos básicos, como máscaras e seringas. Com isso, movimentos populares organizaram campanhas de arrecadação de fundos e doações para os cubanos.
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