A base de apoio do governo na Câmara e as centrais sindicais começaram a discutir nesta quinta-feira mudanças na proposta de reforma da Previdência. O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), líderes partidários e sindicalistas reúnem-se em busca de uma proposta intermediária que atenda aos interesses de todos.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, chegou ao encontro confiante em que pontos da proposta serão negociados.
– Nós vamos mudar o texto da reforma, isso ficará claro nos próximos 15 dias – disse.
A CUT defende uma reforma que exclua a taxação dos inativos, crie regras de transição para aposentadorias e fixe teto de R$ 4.800,00 para o funcionalismo federal. Marinho reconhece que a negociação será dura, mas garante ter sinal tanto do governo quanto do Congresso de que é possível encontrar uma proposta alternativa.
João Paulo Cunha lembrou que já era esperado que o texto do governo sofresse mudanças no Congresso e que pressões dos diversos setores da sociedade fazem parte do jogo democrático.
– O Congresso Nacional tem condições de fazer alterações no texto da reforma. Agora, vamos ver quais são as mudanças e o tamanho delas – afirmou.
A mesa de negociações entre a base aliada e sindicalistas foi aberta após a manifestação dos servidores públicos contra a reforma da Previdência, em Brasilia, no dia 11 de junho.