A defesa nega que Nuzman tenha “vínculo, de qualquer natureza, no campo de ilicitudes penais, em obras de empreiteiras, com sobrepreço e propinas
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro/Washington:
Os advogados de defesa do presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, protocolaram nesta terça-feira, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), novo pedido de soltura. Nuzman está preso desde a semana passada, acusado de envolvimento em um suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos 2016.
Na segunda-feira, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro; acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Estado e transformou a prisão de Nuzman de temporária para preventiva.
No pedido de habeas corpus de Nuzman, os advogados Nélio Machado, João Francisco Neto e Guido Ferolla alegam que a prisão preventiva do dirigente é "medida abusiva, desnecessária e ilegal".
A defesa nega que Nuzman tenha “vínculo, de qualquer natureza, no campo de ilicitudes penais; em obras de empreiteiras, com sobrepreço e propinas; como deduzido em delações premiadas, que não se referem ao nome do paciente [Nuzman]”.
Os advogados também alegam que os eventos apontados pelo magistrado da 7ª Vara Federal Criminal; não ultrapassam “limites de meras suspeitas; vagas conjecturas, incontáveis ilações, contexto que não oferece respaldo” para a decretação da prisão preventiva.
O juiz Bretas destacou que o objeto da investigação não se restringe à compra dos votos; que “seria apenas mais uma etapa de outra empreitada criminosa, bem maior; levada a efeito pela organização criminosa instalada na intimidade da administração do Estado do Rio de Janeiro.
Decisões
Como já exaustivamente descrito nas decisões cautelares anteriores; às quais me reporto; a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de2016 teria criado a oportunidade adequada para a realização de várias obras de grande porte neste Estado”, indicou.
Bretas apontou ainda a evidência, por parte de Nuzman, de comportamento “tendente a promover ocultação criminosa de bens e direitos; sob a falsa aparência de regularidade fiscal”.
Protesto de jogadores durante hino
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, abandonou um jogo de futebol americano da NFL no domingo em seu Estado natal de Indiana depois que alguns jogadores ajoelharam durante a execução do hino norte-americano; repetindo um protesto iniciado no ano passado sobre a violência policial contra minorias raciais.
– Deixei o jogo do Colts porque o presidente Trump e eu não iremos dignificar nenhum evento que desrespeite nossos soldados; nossa Bandeira e nossa Hino Nacional – disse Pence em comunicado divulgado pela Casa Branca.
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem criticado duramente jogadores de futebol norte-americano pelo protesto durante o hino; e pressionou a NFL a suspendê-los.
O direito a participar de um protesto desse estilo, no entanto, é protegido pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.
Críticos ao protesto dos jogadores durante a execução do hino nacional que antecede os jogos; incluindo Trump, se opõem a qualquer protesto, independentemente de seu mérito; durante cerimônia voltada a homenagear a bandeira dos EUA e os veteranos de guerra do país.
Pence, que tem demonstrado sua lealdade a Trump, disse em seu comunicado que é importante defender a bandeira e os símbolos que unem o país.
– Ao mesmo tempo em que todo mundo tem direito a suas próprias opiniões; não acho que seja demais pedir aos jogadores da NFL que respeitem a Bandeira e nosso Hino Nacional – disse Pence.
– Eu apoio o presidente Trump, eu apoio nossos soldados, e eu sempre irei apoiar nossa Bandeira e nosso Hino Nacional.