Delcídio do Amaral é condenado a indenizar Lula, por danos morais

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Publicado Sexta, 29 de Abril de 2022 às 11:53, por: CdB

No Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a defesa de Lula afirmou que a dignidade e integridade moral do pré-candidato à Presidência foram afetadas pelas acusações e solicitou uma indenização de R$ 1,5 milhão. O juiz Mauricio Tini Garcia considerou que o valor requisitado desproporcional, mas aceitou o pedido de ressarcimento por danos morais.  

Por Redação - de São Paulo
O ex-senador Delcídio do Amaral deve pagar uma indenização de R$ 10 mil ao ex-presidente Lula (PT) por danos morais. O ex-parlamentar ganhou os destaques dos noticiários depois de acusar, no âmbito de sua delação premiada, o petista de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
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O ex-senador Delcídio do Amaral mentiu sobre o ex-presidente Lula e foi condenado por isso
No Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a defesa de Lula afirmou que a dignidade e integridade moral do pré-candidato à Presidência foram afetadas pelas acusações e solicitou uma indenização de R$ 1,5 milhão. O juiz Mauricio Tini Garcia considerou que o valor requisitado desproporcional, mas aceitou o pedido de ressarcimento por danos morais. Segundo Garcia, foi constatada a “violação da honra” do ex-presidente, a partir da conduta praticada por Delcídio do Amaral. Ainda hoje, escreveu o magistrado, “pesa pecha que lhe foi imputada pelo réu (Amaral). , e tal pecha é veiculada cotidianamente em redes sociais”. Do outro lado, o ex-senador defendeu a legitimidade de sua delação premiada, uma vez que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também acusa Lula de coação de testemunhas a seu favor no caso atual.

Relembre

Em março de 2016, Delcídio do Amaral afirmou em delação premiada que Lula seria o mandante de uma operação para silenciar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O caso chegou à Operação Lava Jato a partir de uma gravação de 2015, na qual Delcídio do Amaral prometeu a Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras fuga e R$ 50 mil mensais a Nestor, que estava preso, por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O áudio foi entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR), e Delcídio do Amaral foi preso. Já na prisão, o ex-parlamentar firmou o acordo de delação premiada. Cerca de um ano depois, o procurador Ivan Cláudio Marx entendeu que Delcídio não apresentou provas suficientes.
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