Estão envolvidos na denúncia de Janot, além de Temer, o suplente de deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e o presidiário Eduardo Cunha (PMDB-PR).
Por Redação - de Brasília
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot tem prazo até o dia 26 deste mês para apresentar a esperada denúncia contra o presidente de facto, Michel Temer. A expectativa de analistas políticos, ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, era que Janot oferecesse a denúncia na próxima semana. Mas como a Polícia Federal (PF) ganhou mais cinco dias a mais para concluir inquérito.
Estão envolvidos na denúncia, além de Temer, o suplente de deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e o presidiário Eduardo Cunha (PMDB-PR). Com o adiamento, o prazo da PGR também foi prorrogado.
Propina
O inquérito investiga se o peemedebista cometeu os crimes de obstrução da Justiça, organização criminosa e corrupção passiva. Os prazos são curtos, neste caso, porque neste mesmo inquérito há um réu preso. No caso, Rocha Loures, flagrado correndo com uma mala cheia de propina, R$ 500 mil, numa ação controlada pela PF. O dinheiro sujo foi repassados por um delator do Grupo JBS.
Em depoimento na manhã desta sexta-feira, Joesley Batista, dono da JBS, teria confirmado o conteúdo de sua delação. No novo depoimento, o empresário disse que repassou dinheiro para Loures tendo supostamente como destinatário de parte desses recursos o próprio Temer em troca de favores do governo.
Também parte da delação, Joesley gravou uma conversa com Temer, no Palácio do Jaburu. O mandatário teria dado, segundo interpretação da PGR, aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Este encontra-se preso, em Curitiba.