Depois dos caminheiros, refinarias param em novo movimento de greve

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Publicado segunda-feira, 28 de maio de 2018 as 14:46, por: CdB

Padilha apelou para que a categoria não entre em greve num momento tão delicado, quando a BR Distribuidora está reabastecendo o país, ainda em situação dramática

Por Redação, com ABr – de Brasília:

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira que o presidente de facto Michel Temer já conversou com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, sobre a ameaça de greve dos petroleiros. Padilha apelou para que a categoria não entre em greve num momento tão delicado, quando a BR Distribuidora está reabastecendo o país, ainda em situação dramática. Segundo Padilha, a Petrobras já está negociando com os petroleiros para que não haja paralisação.

Em nota, a FUP informou que a paralisação dos petroleiros pretende pressionar pela redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis

Os petroleiros anunciaram que pretendem fazer na próxima quarta-feira uma greve nacional “de advertência“ por 72 horas. A mobilização é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados.

No último fim de semana, a categoria afirmou ter feito operações-tartaruga nas seguintes refinarias e fábricas de fertilizantes: Rlam (BA); Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia.

FUP

Em nota, a FUP informou que a paralisação dos petroleiros pretende pressionar pela redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. A entidade também se mostra contrária à gestão de Pedro Parente. No entanto, o governo disse que não há hipótese de Parente deixar o cargo. “O presidente foi felicíssimo em escolhê-lo”; disse Padilha hoje em entrevista.

Segundo a Federação dos Petroleiros, a “greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações; que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado; que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, diz o comunicado da FUP.

Convocação

A convocação ocorre em um momento em que o país vive uma crise de abastecimento de combustíveis; por conta dos bloqueios realizados por caminhoneiros em greve desde a semana passada; que pedem a redução do preço do diesel.

Os petroleiros pede a redução do preço do gás de cozinha e demais combustíveis.

– A atual política de reajuste dos derivados de petróleo, que fez os preços dos combustíveis dispararem; é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobras – disse a entidade em comunicado.

A Petrobras adotou em meados do ano passado uma política que prevê ajustes nos preços dos combustíveis praticamente diários; com base na cotação do preço do petróleo no mercado internacional e do câmbio. Numa tentativa de acabar com a greve dos caminhoneiros, o governo acertou com a categoria o congelamento dos preços do diesel por 30 dias e reajustes mensais, com a União assumindo o eventual prejuízo da petroleira com a mudança.