Depois de ser acusado de furar fila, ex-presidente do Peru pega covid-19

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Publicado Segunda, 26 de Abril de 2021 às 09:06, por: CdB

O ex-presidente do Peru, Martín Vizcarra, anunciou ter pegado covid-19 sintomática quase dois meses depois de ter criado uma grande crise política e ter sido acusado de furar fila de vacinação durante testes clínicos.

Por Redação, com Sputnik - de Lima
O ex-presidente do Peru, Martín Vizcarra, anunciou ter pegado covid-19 sintomática quase dois meses depois de ter criado uma grande crise política e ter sido acusado de furar fila de vacinação durante testes clínicos.
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Depois de ser acusado de furar fila de vacinação, ex-presidente do Peru pega covid-19
Em novembro do ano passado, Vizcarra foi acusado pelo Parlamento peruano de "incompetência moral", diante da queda do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, e pelo fato de o país sul-americano apresentar um dos níveis de mortes por covid-19 mais altos do mundo. Em fevereiro de 2021, o ex-líder peruano utilizou seu status social para se alistar nos testes clínicos para a vacina chinesa contra a covid-19 da farmacêutica Sinopharm. Vizcarra chegou a insistir que ele e sua esposa fizeram um "ato de bravura" ao se voluntariarem para os testes clínicos. Contudo, mais tarde, um dos médicos responsáveis pelos testes clínicos afirmou que o ex-presidente sabia que estava recebendo a vacina, e não um placebo.

Escândalo

Porém, depois de tanta confusão, o ex-presidente anunciou no Twitter que "apesar dos cuidados necessários para evitar levar o vírus para casa, minha esposa e eu testamos positivo para covid-19 e somos sintomáticos. Minha família está tomando as medidas de isolamento necessárias. Não baixemos a guarda". Tamanho escândalo resultou nas demissões da ministra da Saúde, dra. Pilar Mazzetti, e da ministra das Relações Exteriores, Elizabeth Astete, que, por sua vez, admitiu ter sido também vacinada em janeiro de 2021, semanas antes do programa de vacinação no Peru, lançado em 9 de fevereiro. No início deste mês, legisladores peruanos votaram para banir Martín Vizcarra de exercer funções no setor público por dez anos, Mazzetti por oito anos, e Astete por apenas um ano. Atualmente, com mais de 1,7 milhão de casos e 60 mil mortes registradas, o Peru está utilizando diferentes vacinas para combater a pandemia. Além do imunizante da Sinopharm, estão sendo administradas as vacinas da AstraZeneca, da Pfizer, e, em breve, possivelmente, a Sputnik V.
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