Deputados saem de férias sem votar segundo turno da reforma

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Publicado Sábado, 13 de Julho de 2019 às 11:39, por: CdB

No último ato antes do recesso parlamentar, a comissão especial da reforma da Previdência aprovou, ainda nesta madrugada, o texto final da matéria que irá, em segundo turno, ao Plenário na Câmara dos Deputados.

 
Por Redação - de Brasília
  A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada deste sábado, após três dias de votações em meio a negociações de última hora e momentos de desarticulação, o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Mas a segunda rodada somente ocorrerá em agosto.
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Com Plenário lotado, os deputados aprovaram o novo texto da reforma da Previdência
No último ato antes do recesso parlamentar, a comissão especial da reforma da Previdência aprovou, ainda nesta madrugada, o texto final da matéria que será votado em segundo turno pelo plenário na Câmara dos Deputados. Na comissão, foram 35 votos a favor e 12 contra, em reunião marcada por discursos da oposição, que aproveitou a nova etapa para manter a posição contrária à reforma e reafirmar a disposição de alterar o texto na votação em segundo turno.

Economia

Na estratégia de acelerar a análise do texto final na comissão e encerrar a semana de intensos debates, os deputados favoráveis à reforma da Previdência abriram mão dos seus tempos de fala. A etapa na comissão ocorreu após a Câmara concluir na noite de sexta-feira, após três dias de votações em meio a negociações de última hora e momentos de desarticulação, o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Terminada a votação, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogerio Marinho, disse que a economia gerada pela reforma em dez anos deve ficar em cerca de R$ 900 bilhões, ante o R$ 1 trilhão inicialmente pretendido pelo governo. Ele ressaltou ainda que esses números serão refinados nos próximos dias.

Pressa

Marinho estima que a PEC seja analisada em segundo turno pela Câmara no dia 6 de agosto e que a matéria seja aprovada pelo Senado até setembro. Na Câmara, o texto precisa ser aprovado com o voto favorável de 308 deputados para seguir ao Senado. — O que a gente não pode é correr o risco de ir para um segundo turno e perder a votação — disse Maia a jornalistas, ao chegar na Câmara. O presidente da Casa acrescentou que, embora não seja seu desejo, não serão 10, 15 dias a mais que farão diferença. — Eu acho que nessa hora, a nossa paciência, a nossa capacidade de diálogo precisa prevalecer em relação a querer empurrar com muita rapidez o processo, querer tocar muito rápido e correr o risco de ter um resultado no segundo turno com quórum baixo ou chamar, não ter quórum e não ter nem sessão — concluiu.
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