Desemprego permanece como pior flagelo para o trabalhador brasileiro

Arquivado em: Comércio, Indústria, Negócios, Serviços, Últimas Notícias
Publicado quinta-feira, 31 de março de 2022 as 14:29, por: CdB

A pesquisa revela ainda que o emprego sem carteira assinada foi o que mais cresceu em um ano, 18,5%. E também que a taxa de informalidade, segundo a pesquisa do IBGE atinge 4 em cada 10 brasileiros ocupados. Além disso, a predominância de ocupações precárias leva a uma queda histórica no rendimento médio dos brasileiros.

Por Redação – do Rio de Janeiro

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2%, no trimestre dezembro-janeiro-fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo divulgado nesta quinta-feira mostra que a falta de trabalho ainda atinge 12 milhões de brasileiros e permanece como pior flagelo para o trabalhador brasileiro.

O desespero por uma vaga de trabalho fica mais visível entre os brasileiros mais pobres
O desespero por uma vaga de trabalho fica mais visível entre os brasileiros mais pobres

A pesquisa revela ainda que o emprego sem carteira assinada foi o que mais cresceu em um ano, 18,5%. E também que a taxa de informalidade atinge 4 em cada 10 brasileiros ocupados. Além disso, a predominância de ocupações precárias leva a uma queda histórica no rendimento médio dos brasileiros.

A renda média entre dezembro e fevereiro caiu 8,8% em um ano e, desse modo, é a menor para o período nos últimos 10 anos.

Desalento

A taxa de desemprego – estável, em patamar elevado – é quase o dobro da mínima histórica, registrada em 2014, quando chegou a 6,5%. O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado está em 34,6 milhões de pessoas. Já a taxa de informalidade, de 40,2%, significa que o país ainda tem 38,3 milhões de trabalhadores nessa condição. Ou seja, o trabalho informal supera o emprego formal em 3,7 milhões de pessoas.

A taxa de subutilização (23,5%) caiu 5,7 pontos percentuais na comparação com fevereiro de 2021 (29,2%).

Renda em queda

Porém, a população subutilizada ainda é de 27,3 milhões de pessoas. Enquanto a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas é de 6,6 milhões de pessoas (redução de 4,2% em um ano). O desalento por sua vez, atinge 4,7 milhões de pessoas que precisam procurar trabalho, mas não conseguem por falta de condições.

O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.511, o que segundo o IBGE representou estabilidade frente ao trimestre anterior (R$ 2.504). Embora tenha parado de encolher, é a menor renda média do trabalho já registrada em um trimestre encerrado em fevereiro desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Na comparação anual, o rendimento caiu 8,8% frente a fevereiro de 2021.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *