Desfile das escolas de samba mirins sofre novo corte de verbas da prefeitura

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Publicado Terça, 25 de Fevereiro de 2020 às 06:55, por: CdB

A ordem dos desfiles foi sorteada em agosto do ano passado pela Associação de Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (AESM-Rio), entidade fundada em junho de 2002.

 
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
  O desfile das escolas de samba mirins do Rio de Janeiro no Sambódromo estava confirmado às 17h desta terça-feira, mas pressionado com um novo corte de recursos por parte da prefeitura do Rio. A festa da criançada, este ano, será ainda menor. A primeira a entrar na Avenida será a agremiação Corações Unidos do Ciep. Em seguida, pela ordem, vêm Golfinhos do Rio de Janeiro, Pimpolhos da Grande Rio, Miúda da Cabuçu, Mangueira do Amanhã, Filhos da Águia, Inocentes da Caprichosos, Império do Futuro, Herdeiros da Vila, Aprendizes do Salgueiro, Infantes do Lins, Estrelinha da Mocidade, Petizes da Penha, Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy, Nova Geração do Estácio e Tijuquinha do Borel. A ordem dos desfiles foi sorteada em agosto do ano passado pela Associação de Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (AESM-Rio), entidade fundada em junho de 2002. Os desfiles são gratuitos e abertos ao público.

Segurança

O presidente da AESM-Rio, Edson Marinho, disse que ver os pequenos desfilarem mostra que o objetivo do trabalho está na direção correta. — Está formando cidadãos de bem e os sambistas de amanhã — afirmou. Marinho lembrou que alguns dos meninos que desfilaram nas escolas mirins no passado estão hoje brilhando nas grandes escolas. É o caso de Xande de Pilares, Dudu Nobre, Tinga; o cantor Leozinho, da São Clemente. — Pretinho da Serrinha veio da Império do Futuro, Leandro Santos veio da Mangueira do Amanhã. A gente se sente orgulhoso em saber que o trabalho está dando frutos — afirmou.

Sem dinheiro

Para Edson Marinho, a apresentação das escolas mirins na terça-feira de carnaval, na Marquês de Sapucaí, é positiva devido à questão de segurança. — A gente pega a estrutura da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), com as ruas fechadas, para não acontecer acidentes com as crianças — disse. Marinho comentou que, antigamente, cada escola mirim tinha um contingente de 1,5 mil a 3 mil crianças. Com o corte de verba contínuo da prefeitura carioca, o número varia agora entre 500 e mil participantes por agremiação. Lembrou que, no passado, o total de participantes era 40 mil crianças, número que caiu para 18 mil a 20 mil hoje.

Custo elevado

Segundo o presidente da AESM-Rio, os recursos aplicados pela prefeitura, por meio da Empresa Municipal de Turismo (Riotur), alcançavam anteriormente R$ 1,3 milhão. Este ano, são somente R$ 330 mil “divididos com 16 escolas”. Edson Marinho afirmou que o custo de uma escola mirim é elevado porque tem que pagar carnavalesco, carpinteiro, ferreiro, tudo que uma escola de samba grande tem, “para fazer uma coisa direito, ao pé da letra”. Marinho estimou que cada escola teria que receber R$ 200 mil para poder “montar o carnaval” com material de primeira, “como tem que ser”, e com dois carros alegóricos, cada, com engenheiro. — Isso seria o ideal — concluiu.
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