Diálogo permite Congresso aprovar medidas para retomar crescimento

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Publicado Segunda, 17 de Agosto de 2015 às 10:49, por: CdB
Por Redação, com Reuters e ABr - de Brasília: O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou nesta segunda-feira que o governo vive um momento de construção de diálogo e isso cria condições para aprovação de medidas no Congresso que permitam a retomada do crescimento econômico no país. Silva disse, ainda, que é preciso quebrar o clima de "pessimismo" e "intolerância" que há, atualmente, no país.
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Sobre as manifestações de domingo, Silva disse que a avaliação do Palácio do Planalto é de que elas são um fato natural à democracia
- O mais importante para o governo é que possamos quebrar o clima de pessimismo que existe no país. Medidas estão sendo tomadas para que isso seja superado em breve. Cabe, nesse momento, acreditar na força e no potencial do país. Temos de ter otimismo em relação ao que o país está fazendo. Em breve, o Brasil voltará a crescer - disse o ministro. Sobre as manifestações de domingo contra o governo, o ministro afirmou que a avaliação do Palácio do Planalto é de que elas são um fato natural do regime democrático. Edinho Silva evitou comentar os pedidos de impeachment da presidenta Dilma durante as manifestações. De acordo com o ministro, nesse momento o governo está mais preocupado com a agenda positiva e a retomada do crescimento da economia. - O governo tem lidado com as manifestações como fatos naturais de um regime democrático. Tem lidado com esses fatos dentro da normalidade democrática e assim vamos continuar fazendo. Reconhecemos a importância da mobilização de ontem, mas governo continuará trabalhando, construindo sua agenda. O governo acredita que as medidas econômicas que, em grande parte já foram tomadas, criam condições para que Brasil retome, num curto espaço de tempo, o crescimento - disse Edinho, após a reunião de coordenação política comandada por Dilma com 12 ministros - É importante que os brasileiros acreditem no Brasil, que o empresariado acredite no Brasil. As condições que estamos passando são de dificuldade, mas vivemos em um país com todas as condições de superação. Em breve, estaremos colhendo os frutos das medidas que foram tomadas. Esse é o centro da atenção do governo: a retomada do crescimento econômico e da geração de emprego - completou. Apesar de reconhecer a legitimidade das manifestações, o ministro disse que o Brasil vive um momento de intolerância, que não condiz com a tradição de respeito à liberdade de pensamento no país. - É óbvio que estamos num momento de intolerância política, religiosa e cultural. É um momento difícil da vida brasileira em que temos de trabalhar para desfazer esse ambiente. O Brasil sempre conviveu com a diversidade cultural, religiosa, regional e política. Temos de combater esse ambiente, de modo que o Brasil volte a ter aquilo que sempre foi sua tradição, que é a convivência democrática com a diversidade de pensamento, expressão, opções, diversidade cultural e religiosa - afirmou Edinho. Para o governo, os protestos de ontem tiveram um recuo na quantidade de participantes em relação à primeira manifestação – em março deste ano – mas, conforme o ministro, o número ou o perfil socioeconômico dos manifestantes que foram às ruas não afetam a legitimidade da mobilização. Líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) destacou a presença de lideranças de partidos da oposição nos protestos desse domingo. Segundo ele, parte do movimento “assumiu uma conotação ideológica muito forte” nas manifestações. - Tanto que fica até difícil a presidenta dialogar, porque não tem uma pauta, não apresentaram uma pauta - afirmou. Guimarães e os líderes do governo no Senado, José Pimentel (PT-CE), e no Congresso, Delcídio Amaral (PT-MS), também participaram da reunião de coordenação política e apresentaram as prioridades do governo na pauta legislativa desta semana. Os destaques da lista são os projeto que reduz a desoneração da folha de pagamento para alguns setores da economia e o que permite a repatriação de dinheiro de origem lícita depositado no exterior sem declaração à Receita Federal. O primeiro tramita com urgência constitucional e está trancando a pauta de votações do Senado. Na coletiva estavam, também, os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, José Pimentel (PT-CE). Reunião com ministros A presidenta Dilma Rousseff reuniu nesta segunda-feira, um dia após a realização de manifestações anti-governo em todo o País, 12 ministros e líderes do governo no Congresso, na Câmara e no Senado. Além dos integrantes da articulação política, que se reúnem todas as segundas, estão na reunião os ministros da área econômica, Joaquim Levy e Nelson Barbosa. A presidente já havia se reunido com ministros neste domingo para discutir os protestos. A avaliação do Planalto, conforme declarações do ministro Edinho Silva, da Comunicação Social, foi a de que os atos estão "dentro da normalidade democrática".
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