O meia Diego confirmou nesta terça-feira, durante evento beneficente em São Paulo, sua intenção de permanecer no Santos, apesar do assédio dos grandes clubes europeus. No entanto, para isso, o jogador está exigindo um substancial aumento salarial.
Uma das estrelas da equipe campeã brasileira ao lado de Robinho, o garoto de apenas 17 anos quer fazer parte da lista de jogadores que ganham o teto do clube, que hoje é de R$ 70 mil. Atualmente, Diego recebe cerca de R$ 35 mil mensais.
O pai do jogador, Djair Silvério da Cunha, que detém 40% dos diretos federativos do meia – os outros 60% foram adquiridos pelo clube em 2000, já teve um primeiro contato com o presidente santista Marcelo Teixeira e um novo encontro deverá ser marcado para o acerto das novas bases salariais.
“O Diego está dando lucro para o Santos. Nada mais justo que ele também receba um retorno financeiro”, afirmou o pai do jogador, que emendou. “Ele tem um contrato para cumprir (até o final de 2004), mas é melhor cumpri-lo com satisfação. Acho que o clube também quer isso”.
Apesar da exigência, Djair considera remota as chances do meia deixar o Peixe antes da Copa Libertadores da América. Segundo ele, Diego ainda pode se valorizar muito mais no próximo ano – hoje o craque santista está avaliado em US$ 15 milhões.
“Ele quer ficar e eu estou apoiando essa idéia. Em 2003, o Diego participará da Libertadores, do Paulistão e também da Seleção Brasileira. Será mais observado e sua valorização será muito maior”, espera o pai do camisa 10 santista.
Esse pensamento também é compartilhado pelo próprio jogador. “Eu não quero sair neste momento. Conquistamos um título importante e quero viver isso intensamente no próximo ano”, afirmou Diego, enquanto dava autógrafos a crianças do Projeto Social Gotas de Flor com Amor.
Em relação ao segundo aumento salarial em menos de um ano – Diego já teve seu salário reajustado durante a disputa do Campeonato Brasileiro – o jogador acabou contrariando seu pai. “Isso partiu da diretoria do Santos”, limitou-se a dizer.
Seleção Brasileira
Depois de tirar o Santos de uma fila de 18 anos, o meia Diego já traçou outros objetivos, entre os eles está conquistar o ouro na Olimpíada de Atenas em 2004. “É um outro desafio que tenho em minha carreira, tão difícil como ser campeão aqui no Santos. Mas estou disposto a trabalhar e alcançar mais esse título”, revelou o camisa 10 santista.
Diego também aproveitou para lamentar a sua ausência na Seleção Brasileira Sub-20, que disputará o Sul-Americano em janeiro de 2003. Diferente do divulgado pelo clube, que não admitia liberá-lo, o jogador afirmou ter ficado triste por ficar de fora.
“Eu gostaria muito de ir, afinal estou muito tempo longe da Seleção (desde 2000). Mas acabei me machucado e ficarei algum tempo sem ter condições de treinar”, disse Diego, que sofreu um estiramento na coxa esquerda na final do Brasileiro.
Leão
O meia santista também defendeu a permanência do técnico Emerson Leão no comando da equipe em 2003. “Isso será fundamental. Ele é o principal responsável pelo nosso sucesso e seria uma perda muito grande para o elenco”, finalizou.