Dino: fusão entre PCdoB e PSB geraria novo MDB, com apoio de Ciro

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Publicado Segunda, 20 de Julho de 2020 às 11:55, por: CdB

Chamado de “MDB da esquerda”, o movimento ganha características de uma frente partidária, capaz de ganhar espaço nas municipais de novembro deste ano. Caso apenas o PCdoB e o PSB unissem forças, já seria suficiente para receber recursos da ordem de R$ 145 milhões do fundo partidário.

Por Redação - de São Luís e Rio de Janeiro
Governador do Maranhão, o ex-desembargador Flávio Dino (PCdoB) articula a fusão entre o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), com o apoio velado do presidenciável Ciro Gomes (PDT), segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, nesta segunda-feira. Próximo ao ex-governador cearense, Dino tem alinhavado o apoio de parcela da centro-esquerda à ideia de uma legenda capaz de abrigar parcela dos eleitores liberais que querem evitar a presença de petistas em suas hostes.
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Governador do Maranhão, o ex-desembargador Flavio Dino (PCdoB) propõe uma frente para derrotar o presidente Bolsonaro (sem partido)
Chamado de “MDB da esquerda”, o movimento ganha características de uma frente partidária, capaz de ganhar espaço nas municipais de novembro deste ano. Caso apenas o PCdoB e o PSB unissem forças, já seria suficiente para receber recursos da ordem de R$ 145 milhões do fundo partidário. Os valores seriam superiores aos das agremiações da centro-direita, entre eles o PSDB, DEM e PP, para investir na campanha que também renovará um terço  do Senado; além de apontar uma coalizão capaz de integrar a campanha presidencial, em 2022.

Cinco capitais

Embora o governador maranhense venha se posicionando como um possível pré-candidato, Dino também já admitiu, em conversas com Ciro Gomes e o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva que estaria disposto a integrar uma chapa de convergência. Dino tem dito a interlocutores que o “MDB da esquerda” poderia atrair nomes insatisfeitos com suas legendas atuais, como o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), por exemplo. A dificuldade, no entanto, residiria na divisão do campo progressista, posto que legendas como o PT e o PDT insistem em disputar as eleições de 2022, cada qual com seu candidato. O governador maranhense alerta que a atitude significará a derrota das candidaturas da centro-esquerda em todas as capitais nas eleições de novembro deste ano. Atualmente, PT PSB e PDT comandam cinco capitais, enquanto o PT e o PCdoB não possuem nenhuma. Embora lamente a possibilidade de uma derrota deste nível, Dino avalia que, caso isso venha a ocorrer, o resultado imediato poderá resultar em uma maior união do campo progressista e, consequente, fortalecer a criação de um novo partido visando a próxima campanha presidencial.
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