Discurso na ONU piorou a situação do mandatário nas rede sociais

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Publicado Segunda, 27 de Setembro de 2021 às 14:15, por: CdB

O próprio mandatário, depois de afirmar na ONU que em seu governo não havia corrupção, reconheceu nesta manhã que a roubalheira de dinheiro público continua. Com o governo bombardeado por denúncias de irregularidades, envolvendo, principalmente, as compras de vacinas contra a covid-19, Bolsonaro admitiu que a corrupção não acabou.

10h46 - de São Paulo
A presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira não reverteu a tendência de queda da imagem do governo nas redes sociais. O apoio a Bolsonaro se manteve em 27,8% na semana passada, segundo informações da agência de análise de dados e mídia .MAP, divulgadas pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, no diário conservador paulistano Folha de S.Paulo (FSP), nesta segunda-feira.
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Jair Bolsonaro culpou governos antigos por corrupção em seu governo, mil dias depois de tomar posse
— Neste mês, a taxa de aprovação de Bolsonaro nas redes é de 31,5%, uma queda de 8,6 pontos percentuais em relação a agosto. “A opinião pública não militante reafirma o descontentamento com o presidente — afirmou à coluna a diretora-executiva da .MAP, Giovanna Masullo. O termo #BolsonaroVergonhaDoBrasil foi o mais citado no Twitter após discurso de Bolsonaro na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Outra variante, #Bolsonarovergonhamundial, ocupava o segundo lugar entre os termos mais citados na rede social. Juntos, os dois termos acumulavam mais de 50 mil menções, a maioria com críticas, à participação do presidente brasileiro.

Lista grande

A tag #BolsonaroMente e outros termos como “tratamento precoce” e “800 dólares” também figuravam entre os mais citados pelos usuários que repercutiram o discurso que ajudou a minar o apoio a Bolsonaro nas redes. Segundo a ONG Oxfam Brasil, Bolsonaro gastou boa parte do seu discurso na ONU para vender um país “que só existe em campanhas publicitárias de seu governo”. — Foi diferente e irreal! Um Brasil inexistente. Propaganda enganosa. Desrespeito aos 600 mil mortos pela covid, aos 19 milhões de famintos e a lista segue grande — criticou Katia Maia, diretora da instituição. O próprio mandatário, depois de afirmar na ONU que em seu governo não havia corrupção, reconheceu nesta manhã que a roubalheira de dinheiro público continua. Com o governo bombardeado por denúncias de irregularidades, envolvendo, principalmente, as compras de vacinas contra a covid-19, Bolsonaro admitiu que a corrupção não acabou. — Eliminou-se a corrupção? Obviamente que não. Podem acontecer problemas em alguns ministérios? Podem, mas não será da vontade nossa — desconversou, em discurso sobre os mil dias de mandato.
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